As famosas «chicotadas psicológicas» têm, na teoria, o objectivo de moralizar a equipa para dar a volta a uma situação negativa. Mas trocar um treinador durante uma partida de futebol é facto...quase inédito. E dificilmente explicável.

O caso remonta aos escalões inferiores em Inglaterra. Mark Poulton era o treinador do Chichester City até sensivelmente a meio da segunda parte do jogo com o Redhill, que a equipa até estava a vencer por 2-1.

«Durante a segunda parte, recebi uma chamada de um dos directores que pediu desculpa por me interromper e disse-me que estava despedido. Não poderia ter vindo numa pior altura...Um dos meus jogadores mais jovens tinha sido levado para o hospital depois de um choque violento com o guarda-redes adversário, que lhe partir o maxilar, nariz e lhe abriu um olho. Mas aconteceu tanta coisa desde que tomei conta da equipa, que já adivinhava que algo deste género podia aconter», contou Mark Poulton.

O técnico afirma ter sido o primeiro treinador a ser despedido durante um jogo, mas, na verdade, está enganado. Em 1999, o alemão Schumacher foi despedido do Fortuna Cologne, da II Divisão, quando o presidente do clube entrou no balneário ao intervalo e interrompeu a palestra para dar a notícia.

Poulton é que não se conforma: «É a organização mais amadora e desregrada onde já estive. Estou profundamente desapontado pela forma como fui tratado. Construí uma boa equipa e estávamos a começar a ter bons resultados.»