Geovanni Trapattoni gostou da reacção dos seus jogadores, no final de uma semana de trabalho, no primeiro teste da temporada, diante dos suíços do Étoile Carouge, mas diz que vai ter de esperar pela chega dos internacionais para poder avaliar a potencialidade da equipa que tem entre mãos.
O técnico italiano demorou uma eternidade a chegar à sala de imprensa para fazer a análise ao seu primeiro jogo depois de ter sido alvo de centenas de solicitações da parte dos adeptos encarnados que não se cansaram de lhe pedir autógrafos nos curtos metros que separaram o relvado da sala de imprensa.
Trapattoni chegou amarrotado e encharcado em cerveja que os adeptos, eufóricos, lhe despejaram em cima. Antes de sentar-se, o treinador compôs-se, sacudiu o fato de treino e fez a sua análise ao jogo. «Depois de uma semana de trabalho, foi muito importante ver a reacção dos jogadores. Nos primeiros 45 minutos a equipa teve um ritmo muito elevado. Na segunda parte baixamos um pouco o ritmo, mas também vi uma equipa muito organizada. Cedemos um pouco o terreno ao adversário, mas continuámos a ter as melhores oportunidades para marcar. Com um pouco mais de condições e mais tranquilidade, uma vez que nestas situações temos de ser calmos e ter mais concentração porque desperdiçámos muitas oportunidades», começou por destacar.
O técnico italiano dedicou uma palavra especial para os muitos jovens que participaram neste primeiro teste, destacando o bom primeiro tempo. «São jovens muito importantes para o futuro. Gostei muito da primeira equipa», referiu, fazendo também uma menção especial ao «bom sentido posicional» de Paulo Almeida e elogiando a actuação da dupla Geovanni/Zahovic. «Este jogo deu para isso, não quer dizer que os vá utilizar noutros jogos mais competitivos. São dois jogadores de elevado nível técnico e quis testar o seu espírito de sacrifício e a sua capacidade defensiva», referiu.
Um primeiro teste que Trapattoni qualificou como muito positivo, embora prefira esperar pela chega dos internacionais para fazer uma avaliação global do plantel. «Naturalmente ainda faltam os internacionais, estou contente com estes primeiros 90 minutos, mas vou ter de esperar que regressem os internacionais para me aperceber melhor do potencial desta equipa. Tenho muita confiança nos que aqui estão», destacou.
O treinador só não gostou dos tristes episódios que se registaram no final da partida. «Não gostei porque acho que foi um mal-entendido. O jovem estava tranquilo, estava a manifestar a sua felicidade e foi mal interpretado. Foi um grande mal-entendido», referiu.