A transferência de Maciel para o F.C. Porto, em 2003/2004, é esta quinta-feira analisada pelo tribunal, no Palácio da Justiça, em Lisboa. A quarta sessão do julgamento cível, em que o empresário do avançado brasileiro, António Barradas, reclama 1,5 milhões de euros, obriga a que Pinto da Costa, presidente do F.C. Porto, se desloque à capital para ser ouvido na qualidade de testemunha. João Bartolomeu, líder do União de Leiria, e o empresário Jorge Baidek também vão depor.
A acareação foi requerida pelo advogado do clube, Paulo Samagaio. Quando testemunhou por videoconferência, Pinto da Costa afirmou que as negociações foram realizadas ao mais alto nível, entre ele próprio e João Bartolomeu, na presença de administradores das respectivas SAD, António Cerejo Bastos e Fernando Gomes. Contudo, Baidek declarou em tribunal que reuniu em separado com as duas SAD, na pessoa dos seus presidentes, levando a esta alegada contradição, que obrigou a que fosse pedida uma confrontação de versões.
Carlos do Paulo, advogado de António Barradas, explicou que o agente tinha comprado 30 por cento do passe de Maciel e que nada recebeu pelo negócio. A SAD leiriense alega que o empresário nada tinha a receber por não ter qualquer percentagem no passe, já que apenas havia emprestado o dinheiro para que o clube pudesse adquirir os 30 por cento em causa. Barradas alega que o F.C. Porto pagou o passe do jogador na íntegra, apresentando como prova uma transferência bancária que terá sido feita quatro dias após o negócio.