Tadej Pogacar deu «um passo em frente» face à vitória no Giro deste ano. A garantia foi deixada pelo próprio, esta quarta-feira, na antevisão da Volta a França. Aliás, o esloveno garante que nunca se sentiu tão bem na bicicleta,

«Estou ansioso pelo início do Tour. Penso que será um arranque muito especial para mim, porque venci o Giro e o Tour começa em Itália. A minha forma é melhor do que esperava. Treinei bem, testei um pouco as minhas pernas e, para ser sincero, nunca me senti tão bem na bicicleta. Estou desejoso de ver se melhorei em situações de corrida em relação ao Giro», começou por dizer o líder da UAE Emirates.

À conversa com a assessoria da equipa, «Pogi» recordou a conquista da Volta a Itália, prova na qual arrecadou seis etapas, além da classificação da montanha. Importa salientar que o ciclista conquistou o Tour em 2020 e 2021. Nos últimos dois anos, foi segundo classificado.

A desfrutar de alguns dias de «folga», o esloveno garante ter recuperado confiança depois de fraturar o pulso na Liège-Bastogne-Liège, em 2023.

«O ano passado foi totalmente diferente por causa da lesão. Muitas coisas não correram bem depois da queda em Liège. Houve alguma desilusão e energia negativa à minha volta. Não estava 100 por cento confiante», revelou.

Antes da conferência de imprensa presencial, agendada para esta quinta-feira, Pogacar conta com a concorrência de Jonas Vingegaard.

Em abril, o dinamarquês sofreu uma terrível queda na Volta ao País Basco, fraturando clavícula e costelas, e sofrendo uma contusão pulmonar e um pneumotórax. Por isso, Vingegaard está a regressar à competição.

«Jonas sofreu lesões mesmo graves, mas penso que estará bem. Penso que o Jonas estará preparado e, se for forte mentalmente e tiver recuperado bem, estará no seu melhor. Vimos que o Remco Evenepoel e o Primoz Roglic [que também estiveram envolvidos na mesma queda no País Basco] estiveram em muito boa forma no [Critério do] Dauphiné. Penso que todos vão estar no seu melhor no Tour», reiterou Pogacar.

Contudo, o esloveno alertou que, depois de uma queda, o corpo é imprevisível, numa alusão ao seu colapso no Col de la Loze, na 17.ª etapa, e ao já eterno «I’m gone, I’m dead» («Estou morto», em tradução livre).

O recordista de vitórias da classificação da juventude no Tour (4) elogiou ainda a sua equipa, dizendo que todos, inclusive o português João Almeida, vão estar a lutar pelo mesmo objetivo, ou seja, por nova conquista de Pogacar.