A figura: Fejsa
No dia em que foi confirmada a saída de Nemanja Matic, o compatriota do novo jogador do Chelsea fez questão de mostrar que Jorge Jesus pode contar com ele para a sucessão. Foi uma verdadeira «carraça» a meio-campo. Sempre que os jogadores do Leixões dominavam a bola na zona central lá estava ele, a roubar, a importunar. E depois de recuperada a bola procura servir os colegas de forma simples mas objetiva, a procurar levar a equipa para a frente.

O momento: minuto 28
Com um «onze» completamente remodelado, o Benfica entrou no jogo algo intraquilo e trapalhão, mas aos 28 minutos aproveitou um lance de bola parada para chegar à vantagem. Amorim cobrou um livre para a área, Jardel amorteceu de cabeça e Djuricic concluiu. O jogo ficou resolvido aí, na verdade.

Outros destaques:

Rúben Amorim
Esteve ligeiramente abaixo do nível exibicional de Fejsa, mas também fez por justificar um lugar no «onze», embora neste jogo tenha sido mais Enzo do que Matic. Sereno, de braçadeira, aplicou-se nas tarefas defensivas, perto de Fejsa, mas depois também a procurar pegar no jogo numa zona intermédia. Marcou o livre que deu origem ao golo de Djuricic.

Djuricic
Apontou o segundo golo de águia ao peito e deu um soco no ar, como que a tentar afastar momentos menos felizes a nível individual, mas a verdade é que voltou a não aproveitar a oportunidade para mostrar serviço. A timidez que revela fora do campo continua a notar-se dentro das quatro linhas, e isso impede-o de pegar na batuta e comandar a equipa.

Ivan Cavaleiro
Na primeira parte esteve muito ativo, a procurar dar largura ao jogo do Benfica, trocando muitas vezes de posição com Ola John, mas foi na segunda parte que mais deu nas vistas, em contraste com a disposição do resto da equipa. Começou por colocar Chastre à prova com um remate de longe, mas perto do fim chegou mesmo ao golo, e de belo efeito.

Talles
O elemento mais ativo do ataque leixonense. Na fase inicial do jogo tentou tirar partido do atrevimento ofensivo de Sílvio, e à beira do intervalo obrigou Artur a defesa apertada.

Chastre
Se calhar teve menos trabalho do que esperava, mas o que é certo é que exibiu-se a um bom nível, efetuando algumas defesas dignas de registo. Como uma a desviar um pontapé acrobático de Steven Vitória, ou outra na 2ª parte, a remate de Ivan Cavaleiro.

Anderson Esiti
Muito falado já esta época, por conta da associação ao Sporting, o médio nigeriano mostrou imponente porte físico, embora por vezes cometendo faltas sem necessidade. Em todo o caso conseguiu «esconder» Djuricic, que nunca se conseguiu libertar.