Um golo de grande penalidade apontado por Pedro Santos logo aos sete minutos, coloca o Sp. Braga na frente da eliminatória com o Rio Ave, das meias-finais da Taça de Portugal. Os dois finalistas vencidos das duas últimas edições da prova rainha do futebol português iniciaram mais uma disputa pelo passaporte para o Jamor, mas a primeira amostra foi fraca.

Minhotos e vila-condenses foram demasiado calculistas, não ousaram arriscar em demasia e nem um castigo máximo logo nos primeiros suspiros inverteu a tendência. Confrontos recentes entre as duas equipas deixavam antever mais. Falsa partida, portanto, com o golo cedo a prometer mais do que aquilo que realmente aconteceu no relvado do municipal bracarense.

Ao fim de 12 dias, Sp. Braga e Rio Ave, velhos conhecidos, encontraram-se pela terceira vez. Esgrimiram-se declarações sobre arbitragem, trocaram-se vídeos nas redes sociais e inclusivamente Fonseca referiu que estes encontros «começam a ficar carregados de emoção».

Falsa partida

Para ajudar a apimentar ainda mais o duelo, a primeira mão da eliminatória que dá acesso ao Jamor, o Sp. Braga beneficiou de um castigo máximo logo nos primeiros instantes do encontro. Hassan esbarrou com a bola no braço de Marcelo, que estava muito perto e tinha o braço ao longo do tronco.

Lance polémico a abrir as hostilidades, mas quem não se fez rogado foi Pedro Santos, que da marca dos 11 metros bateu com serenidade, enviando o esférico para o lado oposto ao que Cássio tentou a sua sorte.

Minhotos em vantagem logo aos sete minutos e a expetativa que um golo cedo ajudasse a abrir um jogo que, à partida, prometia cautelas, até porque, há ainda a segunda mão para se jogar em Vila do Conde.

Expetativas goradas. O Sp. Braga assumiu o jogo, como é costume, mas com menos audácia de que é habitual. O Rio Ave dava mostras de organização e consistência na primeira fase de construção do jogo, mas aparecia com pouca gente na parte mais adiantada do terreno, sendo presa fácil para a defesa bracarense.

Risco demasiado calculado

Depois do descanso manteve-se a toada. Risco demasiado calculado de parte a parte e pouca liberdade para a criatividade. Os fantasistas do Sp. Braga, com Rafa à cabeça, estiveram pouco inspirados e os do Rio Ave, quando apareceram, estavam demasiado longe da zona de decisão.

Apenas livres diretos em zonas frontais a cada uma das balizas tiveram chama para dar algum calor ao frio da pedreira no segundo tempo, a par de alguns rasgos individuas, que, com maior ou menor dificuldade foram, sanados pelos setores mais recuados.

Aos 68 minutos, lance de grandes dúvidas na área do Sp. Braga. Kayembe cai e pede falta de Marcelo Goiano. O belga do Rio Ave escorregou ou sofreu mesmo falta? Difícil responder com certeza.

O conjunto de Paulo Fonseca vence pela margem mínima, cumprindo uma das premissas desejadas pelo técnico, ou seja, vencer sem sofrer golos. Um triunfo que acaba por se ajustar e que deixa tudo em aberto para a segunda mão, tal como Pedro Martins havia vaticinado.

As decisões ficam para Vila do Conde.