O FC Porto é o último semifinalista da Taça de Portugal. Venceu em Moreira de Cónegos (1-2), continua a senda de vitórias e segue em todas as frentes, marcando encontro com o Sporting na antecâmara do Jamor. Os azuis e brancos não precisaram de acelerar para cumprir com o objetivo. Já lá vão 18 jogos sem perder e nove vitórias seguidas do conjunto de Sérgio Conceição.

Ao ritmo mexicano, com golos de Herrera e Layún nos primeiros vinte minutos, o conjunto portista teve o que foi necessário para se adaptar às circunstâncias do encontro, marcou cedo de forma a evitar que o jogo ficasse musculado e contornou o problema anunciado por Sérgio Conceição, as dimensões reduzidas do terreno. Triunfo inequívoco dos dragões.

Os técnicos Sérgio Vieira e Sérgio Conceição operaram exatamente o mesmo número de alterações na sua equipa em relação ao último jogo da Liga: sete. Na equipa da casa destaque para a estreia de Boubacar Fofana com a camisola dos Cónegos e ainda para o regresso de Rafael Costa à competição depois de um longo período de ausência devido a lesão. No lado do FC Porto, a surpresa maior foi a inclusão de Layún no setor intermediário, a jogar ligeiramente mais adiantado do que a dupla composta por Danilo e Herrera.

Vantagem ao ritmo mexicano

Também regressado ao onze inicial, cedo Herrera adiantou os dragões no marcador. Depois da azáfama da luta pela posse de bola nos instantes iniciais, Soares ganhou os ressaltos a Boubacar Fofana e André Micael e ficou em posição privilegiada para isolar Hector Herrera. O capitão portista picou a bola com classe por cima do guardião do Moreirense, simplificando a tarefa do FC Porto.

A equipa da Invicta ficou confortável, fez a gestão da vantagem com a posse de bola de forma controlada, tranquilizando-se ainda mais com a falta de capacidade demonstrada pelo Moreirense para replicar. Depois de perder com o Benfica, os Cónegos voltaram a sentir dificuldades no seu reduto no que ao processo ofensivo diz respeito.

Aos 20 minutos Layún fez o segundo do FC Porto. Sequência de cortes mal efetuados pelo Moreirense, a sucumbir perante a pressão portista, a bola sobrou para a entrada da área onde apareceu Layún a rematar de primeira para o fundo das redes. Tudo simples, sem forçar muito os dragões construíram uma vantagem tranquila e, acima de tudo, segura.

Gestão com sobressalto

Brahimi saiu lesionado pouco antes do intervalo, André André entrou para o seu lugar. Má notícia para Conceição. 

Perdeu fantasia o FC Porto, ganhou mais capacidade no setor intermediário. No lado do Moreirense Sérgio Vieira estreou Edno ao intervalo. O possante avançado que veio do Brasil fez por justificar a escolha apontando o golo que fez abanar a gestão dos dragões.

O FC Porto controlou na segunda metade, sem esticar muito jogo e parecendo ter sempre o controlo da situação. A exceção foi uma cabeçada possante de Edno quando havia cerca de um quarto de hora para jogar, a dar o melhor seguimento a um cruzamento de Tozé da esquerda, mantendo a incerteza do resultado até ao apito final.

A reação do Moreirense foi ténue, incapaz de beliscar a hegemonia portista, que segue na senda de triunfos e encara o leão para as meias-finais da prova rainha do futebol português. Segue a onda triunfal do dragão também na Taça de Portugal.