O Sp. Braga está na final da Taça de Porutgal, após empatar a zero em Vila do Conde, fazendo valer o 1-0 da primeira mão, no Minho.

Era um duelo entre velhos conhecidos nestas andanças. Nas últimas duas épocas Rio Ave e Sp. Braga defrontaram-se para discutir uma vaga no Jamor.  

Em 2013/14, os vila-condenses eliminaram a equipa minhota (0-0 fora e 2-0 em casa), que deu a resposta em 2014/15 (3-0 em casa e 1-1 fora).

Esta noite, na terceira meia-final consecutiva desta prova entre as duas equipas, o Sp. Braga provou que é mais forte e controlou o nulo até final.

A equipa de Paulo Fonseca trazia uma vantagem de 1-0 na Pedreira e teve de travar o primeiro ímpeto do Rio Ave no primeiro quarto de hora.

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Pressionava muito o Rio Ave e o Sp. Braga teve dificuldades em sair até que Pedro Santos começou a pegar no jogo e a criar perigo a sério junto da baliza de Cássio, que viu até uma bola bater-lhe no poste aos 21’.

O 4-4-2 de Fonseca tomava conta do meio-campo, sobre o 4-2-3-1 de Pedro Martins. O resto fazia a qualidade individual da equipa arsenalista. Rafa e Pedro Santos faziam o jogo fluir pelos flancos e lá na frente Hassan e sobretudo Stojiljkovic encostavam a defesa do Rio Ave às cordas.

No eixo Pedro Santos-Stojiljkovic esteve parte do segredo bracarense nesta noite.

O sérvio merece atenção especial. Pelas oportunidades que criou – esteve bem perto do golo aos 26’ e aos 33’ – e pelos duelos que ganhou a Marcelo, seu marcador individual.

O Rio Ave não tinha como travá-los no seu setor mais recuado e ofensivamente tinha dificuldades em ligar o seu jogo.

Na segunda parte, as debilidades do Rio Ave tornaram-se ainda mais evidentes. O Sp. Braga é de outro patamar, tem mais qualidade individual e uma maior maturidade, e foi gerindo o resultado favorável na eliminatória, até Pedro Martins decidir arriscar.

DESTAQUES: valeu Santos... E uma bola que não entrou por Wakaso

Entrou Hélder Postiga aos 66’ (para o lugar de Ukra) e Guedes aos 77’ (por Renan) e de repenta o Rio Ave passou a jogar com três avançados em cunha na área do Sp. Braga.

O jogo estava morno e tinha caído de qualidade desde o intervalo, ganhou emoção. No tudo por tudo rioavista, mais com coração do que com cabeça, foi Wakaso, já nos descontos, que esteve mais perto do golo, ao rematar cruzado para as malhas laterais.

A festa do Rio Ave terminou num anti-clímax, com a equipa impotente e demasiado curta para importunar a sério Matheus nos momentos finais de uma partida que terminou com alguns tumultos: de cabos de bandeiras atirados para o relvado, na direção de Paulo Fonseca e da equipa de arbitragem, à expulsão de Lionn depois do final do jogo e até a um adepto rioavista identificado pela polícia.

Fez a festa o Braga e os dois mil adeptos que viajaram até Vila do Conde.