O líder despediu-se da Taça da Liga. Na Trofa, debaixo de um dilúvio que deixou o relvado próximo do impraticável, o Sp. Braga confirmou a dificuldade em provas a eliminar e somou a segunda derrota na prova. Primeiro Alvalade, agora Trofa e a certeza que o terceiro jogo só serve para cumprir calendário.
Domingos: era «impossível jogar futebol» na Trofa
Antes que se faça tarde, porém, é justo sublinhar um nome: Marco. O guarda-redes foi o principal responsável pela derrota bracarense. Deixou os primeiros avisos logo de início, partiu para uma grande exibição na segunda parte, somou um punhado de excelentes defesas e arrastou a vantagem mínima até ao fim.
A segunda parte, aliás, foi toda do Sp. Braga. Em desvantagem no marcador, a equipa lançou-se para a frente e Domingos empurrou o Trofense para a retaguarda. Lançou dois pontas-de-lança (Paulo César e Adriano), mais um extremo (Osvaldo), terminou o jogo com cinco avançados e colocou o centro do jogo na área do Trofense.
Miguel Garcia: «É para continuar a ser líder»
Quando faltavam quinze minutos para o fim, Filipe Gonçalves foi expulso por um exagero de Bruno Paixão (mostrou vermelho numa falta só justificava o amarelo). A partir daí, o Trofense só deixava um jogador na frente. Tudo o resto estava dentro da área. O que ajudou a manter a emoção até ao limite do tempo.
Um bom jogo num péssimo relvado...
O jogo foi aliás muito bom. Sobretudo perante as condições que se apresentava, valeu bem a pena. Houve oportunidades de golo, ritmo, luta, indefinição no marcador e emoção até ao fim. Mesmo sem grande parte dos titulares (Moisés, Mossoró, Paulo César, Alan e Meyong), o Sp. Braga tomou sempre o controlo.
O Trofense defendia-se como podia, cavava um fosse entre o meio-campo (recuado) e a linha avançada (com três homens bem adiantados) e através de contra-ataque criava boas ocasiões de golo. A primeira parte rendeu aliás várias jogadas de perigo, entre duas equipas apostadas em ganhar e em entreter 850 adeptos.
Jorge Luiz: «Espero que o Braga seja campeão»
O golo podia cair para qualquer dos lados. Caiu para o do Trofense. Na sequência de um canto de Hélder Sousa (outra boa exibição), Mércio aproveita uma falha de marcação e cabeceia ao segundo poste. Kieszek, Vandinho e Leone repartem as culpas do golo que ditou a derrota na Trofa e a eliminação bracarense.
Pelo meio, e já na segunda parte, o Sp. Braga teve um golo anulado por fora de jogo de Adriano. Nada a apontar, nesse aspecto, a Bruno Paixão. O avançado parece mesmo adiantado. Nesta altura a equipa de Domingos já corria contra o tempo. Já foi tarde. Depois da Liga Europa, a eliminação da Taça da Liga.
FICHA DE JOGO
Estádio do Clube Desportivo Trofense, na Trofa
Espectadores: 857
Resultado ao intervalo: 1-0
Árbitro: Bruno Paixão (Setúbal)
Assistentes: Paulo Ramos e António Godinho
Quarto árbitro: João Capela
TROFENSE: Marco; Mércio, Pedro Ribeiro, Ginho e Igor; Filipe Gonçalves, Romeu Ribeiro e Jorge Luiz; Hélder Sousa (Silas, 72m); Charles Chad (Nuno Mendes, 81m) e Williams (David Caidado, 88m).
Suplentes não utilizados: Vítor, Thiago Bento, Rafa e Reguila.
SP. BRAGA: Kieszek; Miguel Garcia, Paulão, André Leone e Evaldo; Vandinho, Hugo Viana (Paulo César, 57m) e Matheus; Filipe Oliveira, Yazalde e Diogo Valente (Adriano, 62m).
Suplentes não utilizados: Eduardo, Osvaldo, Peña, Mossoró e Meyong.
GOLOS: Mércio (38m).
Disciplina: Cartão amarelo para Hugo Viana (21m), Mércio (37m) e Pedro Ribeiro (76m). Cartão vermelho para Filipe Gonçalves (74m).