De facto, Paços de Ferreira e Benfica defrontaram-se 29 vezes em toda a história. O Benfica venceu 26, o Paços de Ferreira, apenas por três vezes. Os clubes nunca se defrontaram nesta competição, mas, na Taça de Portugal, em três encontros, os encarnados têm 100 por cento de aproveitamento.
A história dos duelos entre «águias» e «castores» é recente. O Paços de Ferreira chegou à I Divisão em 1991, arrancando logo um empate a um golo no primeiro confronto. Bom augúrio? Nem por isso. Seguiram-se cinco triunfos do Benfica, entre 1992 e 1994, até novo empate, sem golos, já no ano 2000. Estava, agora sim, dado o mote para a primeira desfeita pacense.
A tarde mágica de Rafael e o azar de Moretto
A 18 de Março de 2001, o Paços de Ferreira de José Mota escreveu, por ventura, a melhor página da história dos confrontos com o Benfica. Num jogo à moda antiga, com o sol a iluminar os «castores», o Benfica de Toni caiu, finalmente, aos pés do Paços. Rafael, que viria a passar sem sucesso pelo F.C. Porto, foi a grande figura do encontro, apontando dois golos. O compatriota Leonardo fez o terceiro do triunfo por 3-2 (para o Benfica marcaram Carlitos e Roger). Era o pior Benfica de sempre, a terminar a época no sexto lugar, que tombava perante os nortenhos.
A partir daí, o Paços venceu o Benfica mais duas vezes, ambas em casa, nas temporadas 2001/02 e 2005/06.Nesta, foi outro brasileiro a brilhar. Júnior fez dois golos, um deles num «frango» incrível de Moretto.
Pelo meio, o Benfica. Muito Benfica. Houve uma goleada de 7-0 ministrada por Jesualdo Ferreira, em 2002/03, que fica como a maior de sempre entre os dois clubes e um esclarecedor registo em aberto: o Benfica venceu os últimos dez jogos que disputou com o Paços de Ferreira. Série para manter ou quebrar?
Golos...e com fartura!
Mais um dado para quem gosta de jogos abertos: podem esperar-se golos! Em 29 jogos, só por uma vez um deles terminou sem qualquer golo marcado e, nos restantes 28, o Benfica marcou sempre, mesmo quando não venceu. Mesmo o P. Ferreira festejou em 20 golos.
Há vários resultados pesados a registar, também. Sempre a favor do Benfica. Os referidos 7-0 de 2003, mais um 5-0 em 1992/93, e dois 5-1, o último dos quais há um mês, na Mata Real. O futebol de ataque, portanto, não é apenas uma promessa: é um dado estatístico. Motivos de sobra para estar atento ao duelo deste sábado no Cidade de Coimbra.
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