O Sp. Braga regressou a São Pedro de Sintra um ano depois para arrancar nova vitória sobre o 1º Dezembro e seguir em frente na Taça. Com apenas um «repetente» no onze titular, mas com a lição bem estudada, a equipa de Leonardo Jardim resolveu a contenda, em ritmo de jogo-treino, mas sem conseguir evitar os custos inerentes ao relvado sintéctico do campo de Conde de Sucena: Imorou e Hélder Barbosa saíram lesionados.

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Hélder Barbosa foi o único repetente em relação ao jogo da temporada passada, mas os minhotos vieram bem preparados para as ratoeiras de um campo sintéctico de dimensões reduzidas. Mas há sempre factores imprevisíveis, como foi a lesão prematura de Imorou, logo aos dez minutos. Um problema muscular, consequência do piso artificial, que obrigou Leonardo Jardim a mexer em toda a estrutura da equipa. Numa primeira fase, Hélder Barbosa recuou para a defesa do flanco, mas a equipa só se equilibrou quando Rodrigo Galo, que se estreava no onze de Jardim, mudou de flanco, deixando a direita entregue a Leandro Salino, com Fran Mérida mais adiantado na mesma ala.

O Sp. Braga montou rapidamente um «carrocel» junto à área de Miguel Aleixo, à procura de lances de bola parada que lhe abrisse caminho para a baliza, como tinha acontecido há um ano, em dois livre de Luís Aguiar. Mas a equipa de Sintra também aprendeu com a última visita dos minhotos e evitou, até ao limite, fazer faltas junto à sua área. O Braga insistiu, abrindo jogo para as alas e foi daí que chegou ao golo, com Lima a fugir pela direita e a cruzar para a zona central onde surgiu Leandro Salino a atirar em jeito. Muito fácil.

O 1º Dezembro respondeu quase de imediato, no minuto seguinte, tirando proveito de um mau passe de Nuno Gomes para soltar Ricardo Gomes que, na área, bateu Berti com um chapéu bem medido. A intensa festa nas bancadas não durou mais de três minutos, o tempo que o Braga demorou a recuperar a vantagem, novamente pelos pés de Lima, desta vez pela esquerda, com um cruzamento bem medido para o sexto golo da temporada de Hélder Barbosa, de cabeça. Cinco minutos e três golos a prometerem um jogo aberto.

Puro engano. Recuperada a vantagem, os visitantes entraram em ritmo de treino, tirando o pé do acelerador, trocando a bola com segurança e obrigando o adversário a desgastar-se para a tentar recuperar. O Braga procurava o terceiro golo, o da tranquilidade, em lances de bola parada, mas sem pressa, enquanto o «Primeiro», ia tentando responder em contra-ataque, mas cada vez com menos velocidade para o fazer com eficácia.

Uma tendência que se acentuou na segunda parte, com o Braga a impor um domínio claro, diante de um adversário cada vez mais desgastado. Bastos Lopes ainda tentou reanimar a sua equipa, prescindindo de um lateral para reforçar o ataque com Jack, para gáudio dos adeptos, mas Leonardo Jardim teve mais sorte nas alterações, trocando Nuno Gomes por Carlão que, num rápido contra-ataque, matou a eliminatória.

O Braga passava a contar com uma vantagem mais confortável diante de um adversário que perdia argumentos à medida que decorriam os minutos. Os minhotos viriam a sofrer novo revés, com a lesão de Hélder Barbosa, mais uma vítima do relvado sintéctico, a obrigar à entrada de Alan, mas tinham o jogo sob controlo absoluto.