O central que o Sporting contratou ao Sport Recife na época passada lembrou o incidente com Obina, quando ambos estavam no Palmeiras, em 2009, numa cena muito feia entre dois colegas de equipa.
Foi essa agressão mútua que, aliás, levou o defesa para os escalões secundários do futebol brasileiro.
«Foi o pior dia da minha vida, aquela briga com Obina», disse ao UOL.
«Perdi o chão porque fazia tudo por aquele clube que eu amava, não esperava aquela reação», acrescentou o defesa, em relação ao facto de ter sido afastado da equipa e depois do clube.
«O que me deixou chateado foi que depois trouxeram o Obina de volta e eu treinei sem jogar por três meses. Queria ainda uma oportunidade de voltar ao Palmeiras. É um clube que tenho no meu coração e guardo muito carinho», explicou.
Maurício considera que há muita gente surpreendida por estar a jogar no Sporting «e ter dado a volta por cima», depois de tudo o que sucedeu naquele jogo, em 2009, no qual ele e o colega de equipa acabaram expulsos - curiosamente, só depois das equipas voltarem ao relvado para a segunda parte.
O defesa fez ainda uma análise ao que está a fazer em Portugal: «
Sei das minhas limitações e onde posso chegar. No Brasil eu podia sair a jogar e carregar a bola, arriscar no ataque, mas aqui não. Eu sempre fui um guerreiro e dei o meu máximo nos treinos. Temos de suprir as coisas com raça, determinação e vontade. Marquei o Jackson Martinez, jogador que esteve bem no Mundial e tem muito respeito aqui. Saí com um corte. E no jogo da Liga dos Campeões [com o Chelsea] levei uma joelhada na cara e estou todo arrebentado aqui em casa de molho. Disseram-me até que vou ter de usar aquelas máscaras de proteção.»
Ora,
na entrevista, Maurício
falou ainda
sobre o interesse do Man. United, entre outras coisas, que «
eles procuraram o meu empresário, o português Carlos Gonçalves
» e que «
não foi uma coisa muito certa, perguntaram mais ou menos quanto que a gente queria (ganhar)».
«
Estou focado no Sporting. O Sporting gosta de mim e sinto-me bem aqui no clube. Se foi recente?
Foi no final da época passada
», acrescentou.
O empresário, entretanto, desmentiu esta abordagem, até porque Maurício não pode jogar em Inglaterra: não tem o número de internacionalizações que é exigido aos jogadores estrangeiros.