William Carvalho concede esta semana uma entrevista ao jornal do Sporting na qual revela alguns pormenores da personalidade. Garante por exemplo que tem um lema de vida e esse é «ninguém vai poder atrasar quem nasceu para ganhar».

«Se sinto que nascei para vencer? Sim, sinto que fui escolhido por Deus», acrescenta.

Confessa de resto que não se consegue imaginar não sendo jogador de futebol, mas que se tivesse de o fazer provavelmente diria que o futuro passaria pela universidade e por um curso ligado à moda ou ao desporto.

Por falar em desporto diz ser fã de ténis e basquetebol, adiantando ainda que o melhor jogo que fez foi no Dragão, frente ao FC Porto, na última época, apesar da derrota.

Pelo caminho garante que o número 14 nas costas tem uma explicação.

«É um número especial, sim. Havia dois números possíveis, pelos jogadores que os usavam e que eram da minha preferência: o 10, do Zidane, e o 14, do Henry. Escolhi o 14 porque o 10 era mais difícil, estava sempre a ser usado. O 14 é um número do qual nem todos gostam e por isso tive a oportunidade de ficar com ele.» 

A conversa não se fez apenas de curiosidades, porém. Fez-se também de assuntos sérios. William Carvalho referiu por exemplo que as notícias de mercado, durante o verão, não mexeram com ele. Pelo contrário.

«Nunca ninguém me ouviu dizer que queria sair do Sporting ou que estava insatisfeito aqui. Sempre estive satisfeito no Sporting. Como as coisas não me têm corrido muito bem no início da época, as pessoas pensam que é por estar chateado, mas não podiam estar mais erradas. Quero estar sempre bem, mas o futebol é assim e as coisas por vezes não saem dentro de campo.»

Ora por falar em não estar bem, o médio do Sporting admitiu que sim, que não tem estado ao nível do ano passado, mas sublinhou que é uma situação passageira.

«Sinto que ainda posso dar mais e consigo fazer melhor do que na época passada. Sei que não tenho estado ao mais alto nível, mas as coisas vão acabar por correr bem e espero que seja já no próximo jogo. Tenho trabalhado bem, dado o melhor nos treinos e sei que, mais tarde ou mais cedo, vou atingir o meu pico de forma», frisou.

«O que ainda posso melhorar? Ainda sou jovem, tenho 22 anos, pouca experiência em competições europeias e nunca ganhei um título. Sinto que tenho de melhorar aspetos táticos e defensivos. E ter ficado no Sporting pode ajudar-me a evoluir nesses aspetos.»