Um golo de Jaílson, aos 56 minutos, carimbou a manutenção do V. Setúbal na Liga e um adeus triste do Sporting em casa. Os leões continuam na luta pelo terceiro lugar, beneficiaram do empate do rival Sp. Braga em Coimbra e até continuam a depender apenas de si próprios para evitar um começo de temporada desgastante. Com um ponto de diferença, é no Minho que tudo se vai decidir.

Desde o derby com o Benfica que o Sporting não perdia em Alvalade e logo depois de duas vitórias seguidas (Académica e Portimonense), que coincidiram, ainda, com o regresso dos adeptos ao estádio (35.484 neste domingo, a segunda melhor casa da época).

José Couceiro até esperava um Vitória a jogar para o ponto, mas encontrou um adversário determinado a levar consigo os três. Bruno Ribeiro, antigo jogador do técnico leonino e agora também ele com a braçadeira, apresentou três avançados e outros tantos médios com características ofensivas, num claro sinal de alerta. A estreia de Cédric na Liga e Carriço a meio-campo foram as únicas novidades no onze da casa.

Depois de uma primeira parte em que a única oportunidade clara do Vitória foi desperdiçada em cima do intervalo, por Zeca (Pitbull serviu Miguelito, que atrasou para Zeca falhar o alvo, sem qualquer marcação); a segunda arrancou, praticamente, com o golo de Jaílson, também ele resultante da falta de atenção da defesa leonina. Pitbull, uma vez mais, surgiu na área com facilidade, cruzou e Jaílson, nas costas de Torsiglieri e livre de oposição, consumou de cabeça o que Postiga não conseguiu no início.



As intenções do camisola 23 esbarraram sempre na defesa sadina, fosse com Diego a segurar, os centrais a cortar e até Hugo Leal a desviar sobre a linha de golo. Mas, ainda assim, manifestamente pouco para uma equipa que voltou a fazer braço de ferro com a finalização.

Despedida de Patrício?

Na segunda parte, depois do golo de Jaílson, e com o Sporting a ter de correr (ainda mais) atrás do resultado, a reacção de Couceiro trouxe maior dinâmica ao ataque mas também Bruno Ribeiro soube responder na defesa da vitória.

Matías, aos 61 minutos, teve a melhor oportunidade desta fase, mas Diego, sem surpresa, segurou brilhantemente os três pontos. Uma boa jogada dos leões, com Postiga a cruzar, Djaló a amortecer e Matías a finalizar.

O aproximar do fim trouxe mais nervosismo ao leão e tranquilidade ao Vitória, que sabia gerir os poucos perigos criados na área.

O adeus em casa acabou por ser triste, um reflexo da época, com coro de assobios e palmas para o adversário, que garantiu a manutenção. Sobrou Rui Patrício e uma (última?) despedida em Alvalade na presente época, com uma volta ao relvado a agradecer aos adeptos.