Vitória confortável do Sporting diante de um Pampilhosa «amigo» que veio a Alvalade jogar aberto e acabou por pagar por isso. Ainda assim, os leões tiveram que correr mais na segunda parte depois de um «estranho» autogolo de Paíto que complicou a vida equipa de Peseiro. Do «ensaio» para o clássico do próximo sábado com o Benfica, ficou na retina um Carlos Martins em grande forma, um Sá Pinto com a garra de antigamente e um Pinilla trapalhão que só veio oferecer maior dimensão ao caso Liedson.
O Pampilhosa estendeu-se no relvado num 4x3x3, com os médios muito juntos no centro do terreno, entregando as alas ao Sporting. A equipa de Luís Luzio entrou em campo a jogar o jogo pelo jogo, com poucas preocupações defensivas e concentrada em chegar rapidamente à área de Tiago. Nestas condições, os leões encontraram muitos espaços, com especial destaque para as alas, onde Miguel Garcia (muito perdulário) e Paíto (bem melhor) encontraram corredores livres pela frente. Carlos Martins e Hugo Viana puderam, assim, ajudar o Pedro Barbosa, que demorou a entrar no jogo, se é que entrou, na zona central.
O primeiro golo nasceu assim. Paíto evoluiu pela esquerda, derivou para o centro e desmarcou Pinilla que cruzou para Carlos Martins, sem marcação na zonal frontal, atirar com tranquilidade para as redes de Cortês. O Sporting continuou a carregar e conseguiu novo golo na sequência de um cruzamento bem medido de Carlos Martins que Sá Pinto desviou de cabeça. Tudo muito fácil para os leões. No entanto, cinco minutos volvidos, o Sporting tremeu na sequência de um desentendimento entre Paíto e Tiago. O Pampilhosa tinha bombeado mais uma bola para a área do Sporting, num lance sem qualquer perigo. O lateral esquerdo dominou a bola com o peito, mas o guarda-redes vinha ao seu encontro e foi surpreendido por um estranho «chapéu».
Os adeptos do Pampilhosa aumentaram o tom da festa que vinham fazendo desde o início da partida e a euforia estendeu-se ao relvado, com os jogadores a arriscarem mais e a subirem no terreno. O início da segunda parte deixou claro que a vontade da equipa da II Divisão B não era de desprezar e, por alguns minutos, os leões viram-se aos papéis, sem conseguirem chegar perto da área do Pampilhosa e com Tiago com trabalho redobrado. Os leões, já com Rogério no lugar de Miguel Garcia, falhavam passes atrás de passes e o fantasma de um eventual empate esteve bem presente. Valeu, mais uma vez, Carlos Martins, de longe o melhor leão, que pegou na bola e, sem a entregar a ninguém, invadiu a área do Pampilhosa, tirou um jogador da frente, simulou um cruzamento e fuzilou Cortês. O guarda-redes ainda conseguiu defender o forte pontapé, mas ficou desarmado para a estocada de Sá Pinto.
Pouco depois, Hugo Viana matou o jogo, na marcação de um livre directo, que era para ser penalty. O Sporting contou ainda com inúmeras oportunidades para dilatar a vantagem, mas Pinilla estava em noite de desastre. Nem com os seus companheiros, com Sá Pinto em destaque, a fazerem tudo para que conseguisse chegar a um golo animador, o chileno nunca acertou no último pontapé, deixando claro que terá de ser Liedson a jogar no próximo sábado frente ao Benfica.