O Spartak é o próximo adversário do F.C. Porto na Liga Europa. O conjunto de Moscovo não tem no currículo qualquer troféu europeu ao contrário do seu próximo rival, mas é o único do seu país a ter chegado às meias-finais das três provas europeias: Taça dos Clubes Campeões Europeus em 1990/91, a Taça dos Vencedores da Taças em 1992/93 e a Taça UEFA de 1997/98, apesar de não ter uma única vez logrado a presença na final.

Apelidado de «o clube do povo» e fundado em 1922, o Spartak tem 21 títulos nacionais se somarmos a liga russa à antiga prova soviética, mas não ganha nenhum há dez anos; e 13 taças se utilizarmos o mesmo método de contabilização, com o último troféu a ser conquistado em 2003. Depois da queda da União Soviética, o clube, treinado e dirigido pelo histórico Oleg Romantsev, dominou a liga russa e conquistou nove dos dez campeonatos realizados entre 1992 e 2002, oito dos quais com o agora consultor-técnico sentado no banco de suplentes.

A liga russa acabou de se iniciar, e as coisas não correram bem na primeira jornada ao adversário dos dragões, goleado pelo Rostov por 4-0. Na última época, o Spartak terminou o campeonato em quarto lugar, a 19 pontos do campeão Zenit e falhará a próxima edição da Liga dos Camepões.

Nunca antes F.C. Porto e Spartak se defrontaram, mas estes últimos detêm um confronto directo favorável perante portugueses: três vitórias (sempre frente ao Sporting), dois empate (um com V. Setúbal, outro com Sporting) e uma derrota (V. Setúbal).

Os moscovitas começaram as provas europeias na Liga dos Campeões, mas os nove pontos conquistados não foram suficientes para chegar aos oitavos-de-final: venceram duas vezes o Zilina (3-0 e 1-2) e estrearam-se com um triunfo no Velódrome (0-1), mas perderam o duplo confronto com o Chelsea (0-2 e 4-1) e o segundo embate com o Marselha (0-3). Nos 16 avos da Liga Europa, calhou-lhes o Basileia, tendo um triunfo na Suíça por 3-2 embalado a equipa para a qualificação, bastando-lhe um empate a um golo em casa. Frente ao Ajax, não tiveram misericórdia: 0-1 no Arena, 3-0 no Luzhniki.

O antigo internacional Valery Karpin é o treinador. Médio talentoso, futebolista do ano em 1999 no seu país, já tinha representado o clube da capital entre 1990 e 1994 (três títulos e uma taça), e depois fez o resto da carreira em Espanha: Real Sociedad (1994/96), Valência (1996/97), Celta (1997/2002) e novamente Real Sociedad (2002/05). Em 2008, tornou-se chefe-executivo do Spartak, acumulando no ano seguinte o cargo com o de treinador principal.

No plantel, destacam-se o experiente guarda-redes ucraniano Dykan, os defesas argentinos Pareja e Rojo, o brasileiro Ibson, antigo jogador do dragões, e os compatriotas Alex, Ari, Welliton, Rafael Carioca, o médio irlandês McGeady e o jovem georgiano Ananidze.

Welliton é mesmo a grande figura da equipa, tendo sido o seu melhor marcador nas últimas duas temporadas, depois de ter sido contratado ao Goiás. Mas Ananidze tem também reclamado protagonismo. Tornou-se no mais jovem marcador da história da liga russa quando, aos 17 anos e oito dias, fez um golo ao Lokomotiv. Foi eleito Jogador do Ano da Geórgia em 2009, após ter-se tornado no mais jovem estreante pelo seu país, na derrota (2-0) com a Itália, em jogo de apuramento para o Mundial 2010.

O onze que bateu o Ajax no Luzhniki foi o seguinte: Andriy Dykan; K. Kombarov, Rojo, Sheshukov e Makeev; Ibson e Rafael Carioca; McGeady (Ari, 67), Alex (Dzyuba, 84) e D. Kombarov; Welliton.

Plantel:

Guarda-redes - Andriy Dykan, Aleksandr Belenov e Nikolai Zabolotni;

Defesas - Rodrí, Fedor Kudryashov, Evgeni Makeev, Nicolás Pareja, Sergei Parshivlyuk, Marcos Rojo, Aleksandr Sheshukov, Marek Suchy;

Médios - Jano Ananidze, Ibson, Rafael Carioca, Anton Khodyrev, Igor Kireev, Dmitri Kombarov, K. Kombarov, Emin Makhmudov, Aiden McGeady, Alex, Filip Ozobic e Artur Valikaev;

Avançados - Artem Dzyuba, Ari, Aleksandr Kozlov, Welliton e Pavel Yakovlev.