Matheus

Ponta afiada da lança do Sp. Braga. A exemplo do verificado na recta final da época passada, Matheus surgiu como a unidade mais ofensiva da formação arsenalista, procurando utilizar a sua velocidade em terrenos onde a força costuma ditar leis. Fazio e Escudé assustaram-se nos primeiros minutos e passaram a despachar bola sem hesitações. Contudo, em cima do intervalo, depois de alguns ensaios falhados, Matheus justificou a aposta de Domingos com uma desmarcação repentina, isolando-se num abrir e fechar de olhos. Contudo, a passe de Alan, viu Palop sair da baliza e optou pelo remate de primeira, atirando contra o guarda-redes do Sevilha. Foi a melhor, talvez a única flagrante, oportunidade de golo do Sp. Braga na primeira metade. Voltou para a etapa complementar e apareceu no sítio certo para desfazer o nulo, aparentemente em posição regular. Valeu e teve direito a dedicatória.

Leandro Salino

Belo jogo do médio brasileiro oriundo do Nacional da Madeira. Reforço de qualidade comprovada, sem riscos de adaptação. Aposta segura e louvável do Sp. Braga. Exemplar, sobretudo na segunda metade do encontro.

Felipe

Bom guarda-redes. Importante na recta final da partida, denotando segurança a toda a prova. O Sp. Braga demorou a resolver o problema na baliza, mas parece estar definitivamente encontrado o sucessor de Eduardo.

Jesus Navas

Chato, irritante até para qualquer adversário. Baixinho, irrequieto, incansável nas simulações, Jesus Navas partiu os rins a Elderson no quarto minuto de jogo, cruzando para o cabeceamento de Luís Fabiano ao poste. O lateral nigeriano do Sp. Braga ficou avisado e procurou acertar a marcação, conseguindo encontrar forma para diminuir os estragos. Ainda assim, grande parte do futebol ofensivo do Sevilha passou pelos pés do internacional espanhol.

Moisés

Imperial no centro da defesa do Sp. Braga, o central com mais pontos (de costura, leia-se) do futebol mundial continua a demonstrar que tem qualidade para disputar uma Liga dos Campeões. Acorreu a inúmeros fogos, tamanho o caudal ofensivo do Sevilha, e soube meter pé, cabeça e tudo o mais no caminho da bola. Moisés comandou um sector nem sempre coeso, acumulando cortes vistosos que arrancaram aplausos das bancadas.

Luís Fabiano

Goleador de nível europeu, regressou a um país que não chegou a ver todo o seu potencial. Luís Fabiano impressiona, desaparece do jogo como antes, mas desperta num ápice para desferir golpes letais. Aliás, ainda com a partida em fase embrionária, fugiu aos centrais do Sp. Braga para cabecear ao poste, após cruzamento de Jesus Navas à direita. Com Kanouté mais disponível para percorrer outros caminhos, graças a um toque de bola invejável, coube a Fabiano manter a defensiva arsenalista em sentido. Caiu de produção no segundo tempo.

Alan

Bendito o momento em que o Sp. Braga renovou contrato com o extremo brasileiro. Será este, por cento, o pensamento dos adeptos arsenalistas. Numa equipa onde várias unidades acusaram o peso da responsabilidade e pareciam ter receio de pedir bola, Alan destacou-se pela coragem e tranquilidade na abordagem ao jogo. Um sinal de grandeza futebolística, num jogador que terá chegado demasiado tarde ao ponto de maturação.