Zé Carlos, avançado do Sp. Braga, foi o primeiro a sentir a férrea disciplina que Jorge Costa pretende para a equipa que agora comanda. O brasileiro tinha visto o seu nome entre os 18 convocados para a recepção ao Est. Amadora, na passada segunda-feira, mas acabou por ser excluído poucas horas antes do início da partida. Ao que o Maisfutebol apurou, o melhor marcador dos arsenalistas não gostou de saber que iria iniciar a partida no banco de suplentes e fez questão de dizê-lo a alguns colegas durante viagem de autocarro que a comitiva fez entre o hotel e a «pedreira».
O jogador não protestou em voz alta, nem fez qualquer cena menos própria, mas a verdade é que a sua insatisfação chegou aos ouvidos de Jorge Costa, que não hesitou em mandá-lo para casa. O novo técnico do Sp. Braga é um apreciador confesso das capacidades de Zé Carlos, mas havia entendido dar uma oportunidade ao polaco Marcin Chmiest, enquanto aproveitava para poupar o brasileiro. As duras batalhas que aí se avizinham a isso aconselhavam.
No final da vitória por 2-1 diante do Est. Amadora, Jorge Costa recusou comentar a situação. O técnico limitou-se a dizer que Zé Carlos não jogara por sua decisão. De Jorge Costa, claro está. Já nesta terça-feira, antes do início do treino, Zé Carlos dirigiu-se a todo o grupo de trabalho e a todos pediu desculpas pelo comportamento menos próprio tido na véspera. Desculpas aceites, o avançado trabalhou normalmente e o presidente António Salvador decidiu não punir o atleta.
Após a retractação do jogador, ficou de imediato excluída a possibilidade de qualquer sanção monetária ou desportiva. A hora é ingrata e todos os soldados são vistos como essenciais para a luta a que os bracarenses se propuseram. Uma luta alargada a três frentes: Liga, Taça de Portugal e Taça UEFA.