Gilberto Madail chegou a Copenhaga na noite de quinta-feira, e foi de imediato confrontado com o clima tenso provocado por algumas declarações de elementos da selecção dinamarquesa. Foi sobre esse tema que presidente da FPF se deteve mais tempo a falar, no relvado do Parken, enquanto a selecção terminava o último treino: «Tive conhecimento dessas declarações por telefone, e depois ontem, quando cheguei. Surpreende-me muito esse tipo de atitude, e são afirmações graves, ainda mais graves porque o presidente da Federação Dinamarquesa é meu colega no Comité Executivo da UEFA», começou por dizer.
Madaíl confirmou que a FPF vai avançar com uma exposição ao delegado ao jogo, em especial sobre as declarações de Kjaer, que admitia travar Cristiano Ronaldo «à paulada». E não põe de parte uma queixa formal junto da FIFA: «Temos de analisar tudo o que foi dito e outros problemas que aconteceram entretanto, sublinhando que não correspondem aos procedimentos de hospitalidade que usamos quando recebemos outras selecções. A nossa selecção tem a força necessária para não precisar dessas provocações. Tentei demonstrar a nossa insatisfação, veremos se esta será encaminhada posteriormente» afirmou.
Ainda assim, Madaíl rejeitou a ideia de estas declarações servirem de estímulo positivo para a equipa, mostrando confiança na resposta dos jogadores portugueses, em particular de Cristiano Ronaldo, o mais visado: «A nossa selecção tem a força necessária para não precisar de motivar-se com essas provocações. Os nossos jogadores, e particularmente o Cristiano Ronaldo, que já passou por isto em Inglaterra e certamente vai passar também em Espanha, têm o audomínio necessário para lidar com estas situações.»