Carlos Queiroz está suspenso pela Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e pela Autoridade Antidopagem de Portugal (ADoP), mas o adjunto Agostinho Oliveira entende que as suas funções não terminaram com o castigo. «Ele é o seleccionador. É lógico e admissível que tenha algo a dizer. É evidente que isto tem o meu cunho e sou eu quem trabalha com os jogadores, mas não deixo de falar com o Carlos», explicou, na conferência de imprensa de antevisão da partida desta terça-feira com a Noruega.

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O técnico assume toda a responsabilidade do empate (4-4 frente a Chipre) na estreia na fase de qualificação para o Euro-2012. E garante que não teve contacto com Queiroz durante todo o encontro: «Viram-me alguma vez a abandonar a área técnica? Viram-me alguma vez pegar num telefone? O que viram foi um colega meu aproximar-se de mim e falar comigo. Mas, logo de imediato, pedi-lhe que fosse para o banco.»

Sobre a suspensão do número 1 da equipa técnica, Agostinho Oliveira garante que o seu objectivo é fazer com que os jogadores transmitam serenidade e confiança. «Quero paz em torno da equipa. As pessoas que se entendam e façam o que quiserem, porque nós queremos transmitir que temos paz e que estamos a fazer o nosso melhor», comentou, antes de negar a existência de caos na Selecção: «Temos um grupo maravilhoso, que vive tudo menos um caos.»

«Resultados podem piorar ou amenizar»

«É evidente que falamos de resultados, estamos sempre ligados aos resultados. E esses resultados podem piorar ou amenizar esta situação», avaliou o adjunto, que procura a primeira vitória na qualificação.

No que diz respeito ao adversário, Agostinho o poderio nas bolas paradas, que exigirão muita concentração aos jogadores portugueses. «Há uma preocupação muito forte nas situações de bola parada. Tenho de ter a preocupação de fazer os melhores ajustamentos para o equilíbrio no jogo aéreo. Por isso, algumas alterações terão de acontecer», concluiu.