Francisco Neto, responsável máximo pela seleção feminina portuguesa, acusou a República da Irlanda de «não querer jogar», depois da derrota por 1-2 em jogo do Grupo 2 da fase de qualificação para o Euro-2017, realizado em Moreira de Cónegos.
 
«A segunda parte foi um bocadinho mais de emoção, enquanto a primeira foi mais de organização. Fizemos vinte minutos iniciais muito bons, mas depois, se calhar na nossa única desatenção, permitimos o 2-1. Na segunda parte a Irlanda procurou não jogar muito, enquanto Portugal teve bola e deu tudo. É muito importante irmos aprendendo com os erros», destacou o selecionador.
 
Depois de sofrer o segundo golo, Portugal arriscou tudo à procura do empate que acabou por não chegar. «Terminámos o jogo com três defesas e duas pontas de lança e perante uma equipa que está melhor no ranking, mas procurou não jogar. Não podíamos fazer cruzamentos frontais. Percebemos que, em qualquer bola de frente, elas teriam capacidade de as ganhar. Se calhar, em alguns momentos não tivemos o discernimento de colocar a bola lá em cima. Se houvesse justiça, Portugal teria outro resultado», prosseguiu Francisco Neto.
 
O próximo jogo será com o Montenegro. «Vai ser um jogo muito difícil. Não nos deixarão muito espaço para jogar. Teremos de tentar desmontar a estratégia deles. Será uma jornada dupla muito difícil porque depois de, no Estoril, defrontarmos o Montenegro, vamos a Badajoz defrontar a Espanha. Queremos ter muito público. Queremos gente no estádio e gente a apoiar-nos», destacou ainda.
 
Susan Roman, selecionadora da República da Irlanda, estava naturalmente mais satisfeita com o resultado final. «Foi importante para a minha equipa. Tivemos oportunidade de marcar antes de Portugal, depois respondemos e marcámos em trinta minutos. A minha equipa foi determinada, mostrou caráter. Portugal tem uma excelente equipa», referiu.