Fernando Santos aponta a qualificação para a fase final do Campeonato da Europa de 2016, em França, como primeiro objetivo, na conferência de imprensa em que foi apresentado como sucessor de Paulo Bento. O novo selecionador, que assinou um contrato para os próximos dois anos, diz ainda que está em «total sintonia» com o projeto da Federação Portuguesa de Futebol.

«Para mim é uma honra, um enorme orgulho assumir este cargo e muito mais servir o meu país. É algo que sempre sonhei, que estou a aqui hoje a concretizar e espero poder dar o meu contributo. É um momento de grande felicidade para mim, quer pessoal, quer profissional», começou por destacar.

«Foi-me dado a conhecer de uma forma muito clara o que era o projeto e estou em total sintonia com este projeto para aquilo que será o futuro do futebol em Portugal. Sabem que venho para somar, não venho para dividir. Todos juntos vamos executar aquilo que nos pedem», referiu.

«No futebol o mais importante é ganhar, no futebol, outra palavra que não seja ganhar, não existe. Queremos estar em França em 2016 e lá estaremos para dar um grande orgulho aos portugueses», referiu ainda o técnico, que tem contrato válido precisamente até essa altura.

«Os gregos conhecem três palavras portuguesas muito bem. Duas delas não posso dizer, a outra é ganhar. Eles sabem o que é ganhar, até porque usava sempre isso nas palestras», revelou.

Fernando Santos referiu, de resto, que a Seleção «é uma equipa de ganhadores». O novo selecionador revelou ainda ter recebido uma mensagem do seu antecessor, Paulo Bento, com votos de sucesso, e assumiu também que ainda não falou com Cristiano Ronaldo, o capitão de equipa.

«Não tive oportunidade mas vou procurar fazê-lo. Com o Cristiano e com todos. Penso que é importante, neste momento. Irei fazer isso o mais rápido possível. Quero falar também com alguns dos meus colegas. De preferência com todos, mas num curto espaço de tempo isso não será possível, pelo que tentarei falar primeiro com aqueles que possam ceder mais jogadores», afirmou.

O novo selecionador disse ainda que nunca pensou ser treinador, e que a equipa das quinas nem era o «objetivo principal», dada a paixão pelo trabalho diário no campo, mas a experiência na Grécia fez com que adaptasse à dinâmica das seleções. Agora chega à equipa do seu país.

«É um momento de enorme satisfação para mim. Não vou chorar porque parecia mal. Há gente muito feliz que não está aqui, mas estará aos saltos de contente, onde estiver. O meu pai, por exemplo. Isto responde a tudo o que posso sentir neste momento», disse o técnico.