Antes do particular com a Grécia, o seleccionador nacional, Luiz Felipe Scolari, concordou com Carlos Queirós, que apontou algumas limitações na equipa nacional. O adjunto do Manchester United frisou, que Portugal sentia a ausência de um lateral-esquerdo de raiz e de um ponta-de-lança. Antes do particular com a Grécia, de preparação para o Euro 2008, Scolari concordou com alguns parâmetros, mas agora afirma que o principal problema está mesmo na finalização.
«Muitas vezes criamos mais oportunidades que os adversários, mas não estamos a ser perfeitos na parte final, não estamos a decidir como outras selecções», disse o técnico brasileiro, ao magazine do Euro 2008, que a TVI transmite. Scolari refere que no dia em que Portugal igualar as outras equipas nesse capítulo será «muito difícil» bater a selecção que orienta.
Com boas participações nos últimos europeus, Portugal nunca conquistou o troféu e ocupa o nono lugar no Ranking FIFA. Por isso, o seleccionador revela o que falta aos portugueses para estarem no topo do futebol mundial: «Ainda nos falta dar aquele passo de ganharmos e começarmos a ter mais confiança, em sermos uma equipa. E ganharmos uma competição!»
Em 2004, Scolari e Portugal estiveram perto do título, que fugiu apenas na final. O técnico recordou esse jogo da Luz. «Tínhamos muita qualidade individual e alguma qualidade colectiva, mas a Grécia foi superior como equipa e aproveitou uma pequena oportunidade», disse.
Depois, o técnico declarou, como já o fizera noutras ocasiões, que vencer «um Euro com Portugal é um título maior do que ser campeão do Mundo com o Brasil», concretizando: «Seria o mais importante da minha carreira.»
Por fim, Felipão falou das hipóteses da selecção portuguesa no Europeu da Áustria e Suíça: «Não sou homem de apostas nem de jogar na lotaria, mas Portugal é um candidato.»