Sá Pinto, treinador do Sporting, depois do empate frente ao Estoril (2-2), em jogo da 5ª jornada da Liga:

«Não é fácil para mim, nem para nenhum treinador, mas acredito que vamos ser um Sporting vencedor.»

[De quem é a culpa?] «A minha responsabilidade é total, sou o líder desta equipa. Quando se ganha distribui-se o mérito por muita gente, quando se perde é sempre o treinador o culpado. Tenho grande tristeza e desilusão, porque sei que a equipa técnica é capaz de levar este Sporting a ganhar. Acredito que vamos pôr o Sorting a ganhar mais vezes. Estamos no princípio, mas não podemos ir perdendo pontos, numa Liga em que aspiramos a ser dos melhores. Queremos no próximo jogo dar uma boa resposta.»

[O que correu mal?] «Durante 60, 65 não fomos Sporting, não fomos a equipa que demonstrámos ser no último jogo. É verdade que o Estoril foi uma equipa organizada, tranquila, sabia que, neste tipo de jogos com equipas grandes, pontuar é desejo não é obrigação e durante esse período não fomos esclarecidos, perdemos demasiadas vezes a bola sem que nada o justificasse. Não jogámos coletivamente, não tivemos a alma que tivemos no último jogo, em que demonstrámos ser o Sporting que desejamos que seja. A partir desse minuto 60, criámos várias oportuniades, empatámos e tivemos oportunidades para marcar, mas penalizados porque não fomos Sporting durante 60 minutos. Trinta minutos não chegam. Só estando concentrados do primeiro ao último minuto será possível ganhar mais vezes.»

[O jogo com o Gil Vicente como modelo] «Alguma surpresa. Ninguém gosta de jogar mal e perder. É o compromisso com esta exigência, estar 100 por cento concentrado. Não basta 80. Não estando um jogador momento mais envolvido, ou duas três peças menos encaixadas, o coletivo não funciona e põe tudo em causa. Este clube merece ser um clube ganhador, e para todos nós deve haver orgulho em representá-lo. E tem de haver um compromisso total, não podemos despertar a 30 minutos do fim. Não chegou hoje.Se formos como no último jogo, ganhamos e ganhamos muitas vezes.»

[Sobre os assobios no final] «Tenho de ter uma palavra de gratidão para os sócios pela forma exemplar como se portaram. Mesmo vendo a equipa a não jogar bem, a não dominar, portou-se de forma exemplar. Não foi por falta de apoio que não vencemos. O estado de espírito deles no final é o meu e o de toda a gente. Como disse, o mais importante é ganhar. Ganhar é essencial, e quando não se consegue há uma tristeza enorme. É normal a insatisfação, mas sabemos onde podemos melhorar e onde podemos chegar. Queríamos nesta fase consolidar o que tínhamos feito no último jogo, mas não foi possível. Há que melhorar, há por onde melhorar e por onde crescer. A equipa estava a ser injustiçada até ao último jogo, hoje não. Trinta minutos não podem chegar.»