Rui Vitória, treinador do Vitória de Guimarães, analisa a derrota em Setúbal, na 18ª jornada da Liga:

«Acho que o resultado não é justo, no sentido daquilo que foi a intensidade e a realidade do jogo. Merecíamos outro desfecho, mas o futebol não dá para estes pormenores. Cometemos erros que a este nível se pagam caro. Mas a equipa, mesmo sem grandes oportunidades, foi proativa na primeira parte. Na segunda foi intensa, encostou o Setúbal, e fomos penalizados em contra-ataque. O Setúbal foi eficaz.»

«Começámos o jogo com um golo, e isso perturba qualquer equipa. Não conseguimos controlar a saída de bola. Isso intranquilizou-nos um pouco, mas ao intervalo passámos a mensagem de que era possível. Estivemos perto do 1-.1, e em contra-ataque o Setúbal fez o 2-0.»

[sobre o peso dos jogos com o V. Setúbal nos total de golos sofridos] «O futebol tem coisas esquisitas. Temos períodos em que não sofremos, e outros em que sofremos. Aqui foram erros, e lances de contra-ataque. Não podemos esquecer que, desta equipa que jogou, quase ninguém era titular da Liga há dois anos. Não falo da idade, falo da maturidade competitiva. Não digo que isto serve de desculpa. Acabam por ser lances fortuitos, erros, e aproveitamento de lances de contra-ataque. Temos de continuar a trabalhar, sabendo que ainda temos muito que crescer. Não somos uma equipa fraca mas tambem não somos uma super equipa. Temos um longo caminho a percorrer.»

[sobre a importância do jogo com o Rio Ave, antes de Benfica e FC Porto] «Nem tudo aquilo que parece, é. Nem há jogos ganhos por anteciperação, nem perdidos. Tirando os lances dos erros e em que fomos infelizes, o processo de jogo foi positivo. Merecíamos ali mais qualquer coisa, mas o futebol é isto. Temos de ter noção das limitações e das virtudes.»

[sobre a luta pela Europa] «É uma questão de perceber a realidade. Se conseguirmos ir ganhando, ir pontuando, podemos estar naquela luta, mas é uima equipa em fase de maturação. São dados objetivos. Nenhum destes jogadores jogava na Liga há dois anos. Vamos lutar com todas as forças para vencer os jogos, mas não estamos preocupados com a classificação. Não vejo nenhuma equipa claramente superior às outras, tirando os «grandes». A ambição não é de paleio, é trabalhar todos os dias para ser melhor. É isso que fazemos fazer.»