Rui Vitória tratou de colocar esta sexta-feira água fria na fervura em que se tornou o V. Guimarães. O treinador falou em antevisão do jogo de domingo, na Madeira, frente ao Nacional, referente à segunda jornada, e não pôde fugir às perguntas sobre a invasão de adeptos no treino da passada terça-feira.

Houve petardos a rebentar, confrontação com os jogadores e até uma agressão a Faouzi. Tudo, aliás, no primeiro dia de Rui Vitória. O ambiente, naturalmente, ficou pesado. O treinador, no entanto, não quis alimentar polémicas. «Os adeptos têm de ser força que ajude a derrotar os adversários», referiu.

«Todos temos consciência que isso não é muito agradável, mas na nossa perspectiva, enquanto treinador, não temos que complicar, o trabalho a seguir foi excelente. Fundamental é os vitorianos unirem-se, todos lutarem para o mesmo lado e pensar que é dos problemas que nascem novos sucessos.»

Em relação à agressão a Faouzi, e ao pedido do marroquino para deixar o clube noticiado pela imprensa, Rui Vitória diz que é preciso dar tempo. «Claro que esta situação trouxe turbulência ao jogador, mas é preciso tolerância e paciência, deixar o tempo correr e normalmente as coisas voltam ao normal.»

Faouzi convocado para o Nacional

No essencial, portanto, Rui Vitória surgiu com um discurso apaziguador, tentando não entrar em confronto com os adeptos. Para ultrapassar este momento conturbado, adianta, é necessário ganhar: ganhar já na Madeira, para onde a equipa viaja esta sexta-feira e onde joga no domingo, a partir das 19 horas.

«Temos que enfrentar estas questões de frente, se fosse em casa melhor ainda porque os vitorianos querem ver a sua equipa. É na Madeira, o Nacional quer vencer, respeitamos o adversário, mas estamos focados para tentar vencer», finalizou Rui Vitória na primeira antevisão como treinador do V. Guimarães.