Emprestado esta época pelo Benfica ao Servette, Roderick encara a cedência como um passo em frente na carreira, permitindo-lhe somar jogos e, desta forma, estar cada vez mais próximo de poder firmar-se no plantel encarnado. O jovem central, presente esta quinta-feira numa visita do clube suíço ao Hospital Pediátrico de Coimbra, confessou estar a gosta da experiência helvética:

«Tem sido bastante positiva, tenho aproveitado para poder evoluir e desfrutar ao máximo da oportunidade. É um passo que me pode ajudar. Sei que é complicado, mas estou no Servette com o objectivo de jogar o máximo possível, aprender e evoluir cada vez mais, para, no próximo ano, apresentar-me mais forte na Luz.»

«O meu sonho, desde que ingressei no Benfica, é poder jogar com regularidade na equipa principal. Tenho esse objectivo mas também a consciência de que vai ser complicado. Quero é evoluir o máximo possível para, pouco a pouco, conseguir chegar ao meu sonho. Penso que foi um passo em frente porque, provavelmente, poderei jogar mais do que se ficasse no plantel», acrescenta.

Na Suíça, onde garante estar a crescer «também como homem», Roderick sente que tem os olhos da águia postos em si: «Não têm falado comigo mas sei que há um senhor a observar os meus jogos e os do Yartey. Penso que isso é positivo pois dá-nos motivação para podermos trabalhar ainda mais e assim voltarmos ao Benfica.»

«Falar só não chega»

Espectador atento dos jogos dos encarnados, mesmo à distância, o jovem defesa perspectiva uma temporada muito positiva para a equipa de Jorge Jesus: «Está a fazer uma muito boa época. Só teve o percalço para a Taça de Portugal, mas acontece a qualquer equipa. Está a somar muitas vitórias e alegrias para o povo benfiquista. Vai ser um ano com futuro sorridente para o Benfica.»

O central quer participa dessa alegria, reconhecendo, no entanto, com humildade, que tomou a melhor opção ao sair da Luz. «Se tinha lugar no plantel? Não, não tinha. A defesa é muito boa, com Luisão e Garay, dois excelentes jogadores. O Jardel agora também está a corresponder muito bem. Sei o potencial que posso ter mas também sei o valor que tenho neste momento», afirma.

Membro da equipa vice-campeão no Mundo de sub-20, por ele, jogavam todos os portugueses, fosse no Benfica ou noutros clubes nacionais: «É sempre complicado porque tenho lá quatro ou cinco jogadores que estiveram comigo na formação e não jogam. É sempre triste ver essa situação. Também aconteceu comigo mas temos de saber esperar. Se calhar, preferiam rodar mas treinando com os melhores, aprende-se coisas que a jogar talvez não se aprenda.»

Elogiado por Costinha, o jovem internacional promete corresponder com trabalho: «Fico muito grato mas toda gente sabe que só falar não chega. Podem dizer mil e uma coisas de mim, mas se não fizer nada em campo, passarei ao lado de uma carreira. Quero fazer o máximo para poder chegar onde o Costinha diz que posso chegar e, se calhar, mais além. Agora, tenho de trabalhar e olhar pelo meu futuro.»