O golo apontado ao Nacional permitiu-lhe entrar na lista dos dez melhores marcadores da Superliga. São quatro golos em doze jogos. Franco sorri perante a notícia. «Tenho tido a felicidade de marcar as bolas que me aparecem na zona de finalização e, olhe!, tenho quatro golos», brinca. «Nunca pensei que isto fosse possível, nem é muito normal. Mas é sempre importante. É motivador para um central e é muito bom porque vai ajudando o Rio Ave a ganhar».
A justificação para esta veia goleadora surge rápida. Sem obrigar a grandes pausas no discurso. «Explicar estes golos? É muito fácil», diz. «Temos um jogador que marca muito bem os livres e os cantos, que é o Ricardo Nascimento, e depois é só esperar pela bola e tentar encostá-la para golo. Trabalhamos muito esse tipo de situações. Hoje em dia os jogos decidem-se muitos por estas bolas paradas, nós sabemo-lo e treinamos este tipo de jogadas».
Um homem que não se cansa
Mas não é só pelos golos que Franco tem gritado mais alto o seu nome. O central não se cansa. Desde que o Rio Ave subiu à Superliga houve um facto comum a todos os jogos da formação vila-condense: o nome do central na ficha do onze titular. «A última vez que não joguei? Não me lembro». Pausa para pensar. «Não me lembro», repete. «Desde que o Rio Ave subiu fiz todos os jogos. Na II Liga falhei dois. Ou melhor, não joguei num e saí ao intervalo noutro porque tive uma factura de uma costela».
Pelo caminho, o jogador estabeleceu uma meta pessoal: fazer os noventa minutos no maior número jogos possível. «Tive a infelicidade de na semana passada na Luz ter saído com uma picada no gémeo, ficou-se por aí o meu objectivo, mas vou trabalhar na perspectiva de continuar a jogar o máximo possível». Até porque já tem outra meta no horizonte. «Se isto acabar como eu espero, quero passar a marca dos noventa jogos em três anos. Quero ter uma média de trinta jogos por época. O que é uma boa média».
Para este central de trinta anos, com carreira feita nas divisões secundárias - apenas em 96/97 este na primeira divisão, então ao serviço do Leça -, há sempre objectivos pela frente. «Se não tivesse metas a atingir é que era grave», diz. «Estou muito bem no Rio Ave, onde as pessoas me têm dado todo o apoio, onde se trabalha de uma forma séria e rigorosa, onde a direcção não tem deixado de nos pagar todos os meses, mas quero sempre mais e mais e mais». A idade não coloca de lado o sonho do salto. «Se puder jogar num clube melhor, fico feliz por isso».