Cardozo, este sim é Óscar Cardozo

Marcou dois golos e só por isso já merecia o destaque maior do jogo. Mas Cardozo fez mais do que isso. Boa parte da diferença no futebol encarnado esteve nele, na forma como se mexeu, como segurou a bola, como abriu espaços e como surgiu dinâmico na finalização. Marcou duas vezes: podiam ter sido mais.

Gaitán, a felicidade ficou a centímetros

À semelhança do que tinha feito em Paços de Ferreira, ficou a centímetros de marcar um golaço: um remate em arco, a partir do lado direito, que saiu a rasar o poste. Não foi feliz, mas merecia. Ele que apresentou uma longa lista de recursos técnicos, que tornaram o futebol vistoso e bonito. Um artista, pois.

Carlos Martins, bem melhor desta vez

Subiu vários degraus relativamente ao (muito pouco) que tinha feito em Braga. É certo que ainda falhou passes, mas jogou mais simples e quando não tenta desequilibrar em cada um dos noventa minutos o futebol encarnado flui. Foi dele, por exemplo, o remate que permitiu a Cardozo a recarga para o primeiro golo.

Braga, entrou para dar emoção

Começou o jogo no banco, de onde só saiu à hora de jogo. Nos trinta minutos finais fez bem mais do que o resto da equipa em todo o jogo. Ameaçou marcar da primeira vez que tocou na bola, obrigando Moreira a grande defesa, e reduziu a desvantagem já perto do fim, lançando emoção nos minutos finais.

Fábio Coentrão, menos esta noite

No regresso à casa onde cresceu regressou também à posição onde tudo começou: extremo. O que serviu para mostrar como a adaptação a lateral foi feliz. Não que Coentrão tenha estado mal, longe disso, esteve até muito em jogo, mas não desequilibrou com a frequência que o faz vindo de trás.

Tiago Pinto, agitou o futebol do Rio Ave

Sentiu alguns problemas a defender, sobretudo na primeira parte quando Gaitán e Jara caíam no seu espaço de acção. A atacar esteve bem melhor, conseguindo criar desequilíbrios com a bola no pé para libertar companheiros. Uma abertura dele permitiu a João Tomás encher o pé para um remate fabuloso.