Mora
Simplesmente impecável. Insuperável. A grande exibição de Mora permitiu que o Rio Ave mantivesse o estatuto de invencível no seu estádio, segurando um ataque encarnado que fez tudo para chegar ao golo. À imagem do que tem acontecido noutras ocasiões, o guardião espanhol revelou todas as suas enormes qualidades, segurando remates de Simão e Nuno Gomes, que eram golos praticamente certos. Foi igualmente eficaz nos cruzamentos, tendo apenas falhado num canto de Simão, que levou Luisão a cabecear por cima da barra.
Petit
Incansável, o médio encarnado esteve em todo o lado e sobressaiu numa equipa que não consegue manter uma linha constante a nível exibicional. Anulou Junas com facilidade e só não foi mais imperial, porque encontrou do lado oposto um Niquinha gigante. Apontou quase todas as bolas paradas e esteve perto de marcar, mas, por duas vezes, colocou a bola a menos de um palmo do poste da baliza de Mora.
Niquinha
O substituto do lesionado Mozer cumpriu o lugar com distinção, revelando, mais uma vez, o seu carácter incansavelmente batalhador. A postura do veterano brasileiro permitiu que a equipa mantivesse o mesmo equilíbrio de sempre, jogando de igual para igual com o meio-campo encarnado, que tinha igualmente três elementos. Teve de tentar anular a criatividade de Nuno Assis e ainda tapar os caminhos a Nuno Gomes, que, como se sabe, gosta de vir buscar jogo mais atrás e não permanece estático entre os centrais. Surgiu, a espaços, no auxílio às iniciativas ofensivas.
Miguelito
O primeiro minuto dos descontos transformou Miguelito num herói. E quem melhor do que ele para merecer essa distinção. Após mais uma exibição segura, embora não tão exuberante como em outras ocasiões, o jovem internacional português nunca desistiu de lutar e teve pulmão suficiente para surgir solto na área, já nos descontos, enviando a bola para o fundo da baliza.
Geovanni
Exibição interessante do extremo brasileiro, que deu muito trabalho a um dos melhores laterais-esquerdos portugueses (Miguelito). Esteve perto do paraíso, combinando de forma quase perfeita com Nuno Gomes, aos 58 minutos, mas o avançado permitiria a defesa do guarda-redes vila-condense. Conjuntamente com Simão, Geovanni fez tudo para encontrar o caminho da glória, mas foi impossível chegar ao golo
Evandro
Arrancou tarde para a época, mas Carlos Brito nunca deixou de acreditar nas suas capacidades, pelo que o avançado esforçou-se para alcançar um estado de forma mais aceitável. As últimas jornadas têm revelado o Evandro goleador, perigo constante para as defensivas adversárias e com o Benfica não foi diferente. Miguel viu-o escapar-se muitas vezes pelo flanco e Luisão teve trabalho redobrado. Inteligente, o brasileiro procurou combinar com Paulo César no ataque à baliza de Quim.