Ricardo Chaves está recuperado para a final da Taça de Portugal e garante que o V. Setúbal tem as mesmas possibilidades que o F.C. Porto de vencer o jogo de domingo: «Se fosse no campeonato, o Porto era favorito, tem equipa mais forte. Mas numa final há 50 por cento de hipóteses para cada lado. São jogos especiais e o favoritismo está repartido.»
Com a experiência do ano passado, em que o Vitória venceu o também recém-sagrado campeão nacional Benfica, o médio sadino não entra, no entanto, em grandes comparações.
«São situações diferentes e são clubes diferentes. Tanto o Benfica como o Porto foram campeões, mas o Porto tem mais tempo de preparação, tem duas semanas. O Benfica foi campeão e jogou a final com a mesma equipa, o Porto fez descansar a equipa base na semana passada», analisou Ricardo Chaves não deixando, todavia, de fazer uma espécie de analogia para o futuro: «Tivemos felicidade com o Benfica e esperamos também ter com o Porto.»
Do adversário de domingo, Ricardo Chaves concluiu que Co Adriaanse «adoptou uma táctica diferente do normal em Portugal e o Porto ficou mais forte», mas esclareceu que «destacar jogadores é difícil», pois o mais significativo «é a estrutura.»
«O nosso grupo também é diferente, temos jogadores com a experiência do passado, mas também mais jovens que estão nesta situação pela primeira vez», acrescentou o médio do V. Setúbal garantindo o mesmo entusiasmo quer nuns quer noutros: «A motivação engloba todo o grupo e esperamos ganhar a Taça.»
E nem a situação de salários em atraso tira ânimo aos jogadores: «Já passámos por situações mais complicadas e levámos o barco para a frente. Não vai afectar-nos.»
A mentalidade é «igual à do ano passado», a de «atingir um objectivo com os adeptos a reviverem-no.» Com o acréscimo de ser «uma situação impensável há dois ou três anos», quando Ricardo Chaves jogava nas divisões secundárias, chegando agora ao «ponto mais alto da carreira».