O avançado montenegrino Nikola Nikezic acusa o clube russo Kuban Krasnodar, promovido nesta época ao principal escalão, de forçar fisicamente a sua rescisão de contrato.

Tudo aconteceu no início de Março, antes do arranque da liga russa, quando o atleta foi convocado para uma conversa. Segundo Nikezic, dois seguranças armados entraram na sala e exigiram que assinasse uns documentos, já depois de ter sido agredido.

«Um dos homens colocou os papéis na minha frente de maneira agressiva e disse para eu assinar. Quando respondi que ainda tinha mais um ano de contrato e que essa negociação deveria ser feita na presença do meu empresário, sofri um forte soco no fígado. O outro segurança tirou, entretanto, o casaco e mostrou duas pistolas. Voltaram a exigir que eu assinasse e, quando recusei, levei mais um soco e comecei a ser estrangulado. Ao fim de 20 minutos, acabei por assinar três documentos cujo conteúdo desconhecia por estarem em russo», contou Nikezic, que de seguida expôs o sucedido em cartas enviadas à FIFA e à UEFA.

Depois de num primeiro momento ter negado qualquer envolvimento na agressão, o Kuban anunciou nesta quarta-feira, através de comunicado oficial, ter chegado a acordo com o visado para a rescisão, mediante uma compensação financeira de cerca de 180 mil euros.