A contratação de Raul Meireles foi uma das poucas coisas boas que o Liverpool fez no último ano. O médio português impôs-se nos reds, revelou-se um dos melhores jogadores da Premier League e chega ao final da época carregado de motivação.

Antes de rumar a Anfield Road, o internacional português ainda trabalhou um mês às ordens de André Villas-Boas no F.C. Porto. E desconfiou que algo de bom se andava a tramar para os lados do Olival.

«Percebi logo o enorme valor dele. Sempre acreditei que ia fazer um grande trabalho e, depois de todas as conquistas, já não há qualquer dúvida sobre isso», referiu Raul Meireles, à margem do Jogo de Campeões realizado no Estádio do Bessa.

«O André tem tudo o que é necessário para continuar a ser bem sucedido. Esta época do F.C. Porto foi histórica. No próximo ano podem muito bem fazer uma carreira boa na Liga dos Campeões, aproveitando o balanceamento deste ano.»

Raul deu o exemplo do que sucedeu entre 2002 e 2004. Os dragões venceram a Taça UEFA e na época seguinte fizeram o mesmo na Champions.

Boavista: título de 2001 recordado no Bessa numa grande festa

32 jogos e cinco golos no campeonato inglês. Individualmente, a temporada de estreia de Raul Meireles em Inglaterra «não podia ter corrido melhor». Pena foi o decepcionante sexto lugar final na tabela classificativa.

«Falhámos o título e estamos frustrados por isso. Vamos melhorar muito na próxima temporada, tenho essa convicção», referiu Raul Meireles.

De regresso ao Estádio do Bessa, antes de se juntar aos trabalhos da Selecção Nacional, Raul Meireles deu conta do seu sentimento axadrezado. «Joguei no Boavista dos seis aos 18 anos, saí emprestado e ainda voltei. É um clube que diz muito a mim e à minha família. É muito triste saber como está, mas vai reerguer-se. Fui criado a ver o Boavista sempre a jogar num nível alto, mesmo na Europa.»

Para o médio internacional, o «mais importante é mostrar que o clube está vivo». «Para mim será sempre o quarto grande.»