Os jornalistas ingleses perguntam por De Bruyne, Mourinho responde com Ramires. Trabalhador, acutilante, incansável. Para além disso, tem golo. Os adeptos do Chelsea esquecem o aspeto franzino, qual queniano, e chamam-lhe Rambo. Vence qualquer guerra.
Aos 15 anos, trabalhava como ajudante de pedreiro. Saía de casa, pegava na bicicleta e lá ia ele, oito horas a carregar pedras e sacos de areia. Depois voltava à bicicleta e ia para o treino. Chegava lá fresco, como se tivesse acabado de acordar.
Incansável, preciso, fidedigno. José Mourinho desenhou o seu novo Chelsea em torno de Ramires. Há Lampard a seu lado, há Óscar, há Fernando Torres, pode haver Schurrle, Mata, Mikel ou Hazard. Mas o coração dos blues é brasileiro.
Há uma semana, os londrinos foram a Swindon para a Taça da Liga. Ramires ia descansar. Teve de entrar em campo ao 10º minuto de jogo, face à lesão de Van Ginkel, e marcou ainda antes do intervalo. Com o resultado assegurado (0-2), o técnico português nem hesita: Rambo não volta para a segunda parte. Outras batalhas pela frente.
Em Bucareste, após o empate no derby frente ao Tottenham (1-1), Mourinho volta a juntar Ramires e Lampard. O brasileiro destaca-se, uma vez mais. Marca dois golos, o primeiro e o terceiro.
O mais utilizado do meio-campo para a frente
Começa por aparecer na área, qual ponta-de-lança, sem ninguém dar por ele. Nem os companheiros de equipa. Vai pé ante pé, percebendo o que outros não percebem. Sente que aquele movimento de Etoo não tem sucesso garantido. Chega-se à frente, desvia, coloca o Chelsea na frente.
Na segunda parte, dá mais um salto à área contrária. Desta vez, recebe sobre a direita, ajeita a bola e dispara. Faz o seu bis, terceiro golo da temporada. Pelo meio, correu, recuperou, ocupou espaços. Correu mais um pouco.
Hoje em dia, Ramires é fundamental no Chelsea. Apresenta-se em grande forma na quarta temporada ao serviço dos blues, após uma época de sucesso no Benfica. Os números comprovam: o brasileiro é o elemento mais utilizado por José Mourinho, do meio-campo para a frente.
Scolari não prescinde do jogador
Luiz Felipe Scolari agradece o momento de forma do Rambo, Queniano, Pernalonga, seja o que for. O selecionador brasileiro decidiu, em agosto, ignorar a posição pública do presidente da Confederação Brasileira de Futebol. José Maria Marín queria excluir o médio da seleção.
A história é a seguinte: em março de 2013, Ramires foi convocado para dois amigáveis da seleção mas estaria lesionado, prometendo apresentar-se no sábado à noite, no hotel onde o Brasil ficaria alojado em Londres. O médio apareceu apenas no dia seguinte. Pelo meio, surgiu uma foto de Ramires a festejar o seu 26º aniversário, na noite anterior. Bronca.
O jogador do Chelsea não foi chamado para a Taça das Confederações mas viria a merecer um voto de confiança de Scolari. Mesmo perante as declarações polémicas de Marín, apontando para um afastamento definitivo.
«Não é o Marin que convoca. Quando me convidou para ser técnico me deu totais condições de fazer o meu trabalho. O atleta teve uma dificuldade, entendemos a dificuldade e ele terá a chance de fazer parte do grupo. Ninguém disse que ele vai ser cortado ou que seguirá no grupo no futuro», frisou o selecionador.
Ramires agradeceu a oportunidade e voltou a ocupar o seu espaço na seleção, como figura central. «O que tinha para ser esclarecido sobre o episódio de Londres já foi feito por ambas as partes. Agradeço a compreensão que ele teve com a situação e, com isso, não vejo mais motivos para comentar sobre esse assunto publicamente», resumiu.
Aos 26 anos, no auge da sua carreira, Ramires apresenta-se como um homem de confiança para Luiz Felipe Scolari e torna-se o melhor amigo de José Mourinho no Chelsea.
Começa por aparecer na área, qual ponta-de-lança, sem ninguém dar por ele. Nem os companheiros de equipa. Vai pé ante pé, percebendo o que outros não percebem. Sente que aquele movimento de Etoo não tem sucesso garantido. Chega-se à frente, desvia, coloca o Chelsea na frente.
Na segunda parte, dá mais um salto à área contrária. Desta vez, recebe sobre a direita, ajeita a bola e dispara. Faz o seu bis, terceiro golo da temporada. Pelo meio, correu, recuperou, ocupou espaços. Correu mais um pouco.
Hoje em dia, Ramires é fundamental no Chelsea. Apresenta-se em grande forma na quarta temporada ao serviço dos blues, após uma época de sucesso no Benfica. Os números comprovam: o brasileiro é o elemento mais utilizado por José Mourinho, do meio-campo para a frente.
Scolari não prescinde do jogador
Luiz Felipe Scolari agradece o momento de forma do Rambo, Queniano, Pernalonga, seja o que for. O selecionador brasileiro decidiu, em agosto, ignorar a posição pública do presidente da Confederação Brasileira de Futebol. José Maria Marín queria excluir o médio da seleção.
A história é a seguinte: em março de 2013, Ramires foi convocado para dois amigáveis da seleção mas estaria lesionado, prometendo apresentar-se no sábado à noite, no hotel onde o Brasil ficaria alojado em Londres. O médio apareceu apenas no dia seguinte. Pelo meio, surgiu uma foto de Ramires a festejar o seu 26º aniversário, na noite anterior. Bronca.
O jogador do Chelsea não foi chamado para a Taça das Confederações mas viria a merecer um voto de confiança de Scolari. Mesmo perante as declarações polémicas de Marín, apontando para um afastamento definitivo.
«Não é o Marin que convoca. Quando me convidou para ser técnico me deu totais condições de fazer o meu trabalho. O atleta teve uma dificuldade, entendemos a dificuldade e ele terá a chance de fazer parte do grupo. Ninguém disse que ele vai ser cortado ou que seguirá no grupo no futuro», frisou o selecionador.
Ramires agradeceu a oportunidade e voltou a ocupar o seu espaço na seleção, como figura central. «O que tinha para ser esclarecido sobre o episódio de Londres já foi feito por ambas as partes. Agradeço a compreensão que ele teve com a situação e, com isso, não vejo mais motivos para comentar sobre esse assunto publicamente», resumiu.
Aos 26 anos, no auge da sua carreira, Ramires apresenta-se como um homem de confiança para Luiz Felipe Scolari e torna-se o melhor amigo de José Mourinho no Chelsea.