Carlos Queiroz convidou os jornalistas para uma conversa na despedida da Bekker School que serviu também para afirmar a continuidade na Selecção Nacional. «Os adeptos riram e sofreram connosco, como uma família deve fazer. Quero dizer-lhes que vamos continuar aqui com a mesma dedicação a servir a Selecção», disse.

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«O resultado de hoje não nos satisfaz, mas vamos fazer um balanço, uma reflexão sobre as muitas coisas que estiveram bem e prepararmo-nos para voltarmos mais fortes em Setembro. Fizemos uma prestação meritória, mantivemo-nos no jogo quase até ao fim e os adeptos têm todos os motivos para estarem honrados com a Selecção.»

«Não é um sentimento de missão cumprida, porque a missão não foi cumprida, mas de dever cumprido. Temos de acabar esta participação com a cabeça levantada e satisfeitos pelo que fizemos. Temos de nos preparar para substituir alguns jogadores, pela idade ou por não terem continuidade nos clubes, mas estamos preparados para isso.»

Ora nesse sentido Carlos Queiroz promete continuar a trabalhar para fazer da Selecção Nacional cada vez uma melhor equipa. «Há uns anos quando passávamos a fronteira já perdíamos por 3-0. Depois começámos a discutir os resultados e agora estamos cada vez mais fortes», referiu. «Já não vamos a Paris só para ver os carros.»

«Temos de investir mais no futuro»

O seleccionador vira, de resto, a agulha para o futuro. Queiroz lembra que Alemanha e França apostam na formação e Portugal tem de fazer o mesmo. «Temos de investir mais, temos de alargar o campo de recrutamento, a selecção tem de ter um campo para treinar, porque a Coreia, o Japão, o Paraguai vão estar cada vez mais fortes.»

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É esse o objectivo que tem neste momento e que não vai deixar de perseguir. Palavra de seleccionador. «Nada nem ninguém vai ser capaz de nos desanimar, de nos poluir, de nos destruir. Ninguém: os críticos vão ser derrotados. Algumas dessas pessoas não podem ser o futuro do nosso país, não vamos deixar», finalizou.