O técnico português Carlos Queirós comentou esta terça-feira as notícias que o dão como o preferido para ser o novo treinador do Benfica, na próxima época. Em Moçambique, onde integra a comitiva do Presidente da República, o treinador-adjunto do Manchester United não se quis alongar nas declarações para não haver mal-entendidos.
«É um tema de que não quero falar, porque não quero colaborar com especulações que têm a ver com a vida do Benfica, que é um grande clube e uma grande instituição», começou por referir o professor, acrescentando que é «um profissional ligado a outro grande clube, com imensas responsabilidades».
Carlos Queirós quis deixar bem claro que não falou com ninguém sobre um possível ingresso na Luz: «Não vou fazer comentários seja de que natureza for, desmentindo até, de forma clara, para que não fique nenhum equívoco a esse respeito, que todas as afirmações que têm aparecido na imprensa portuguesa, postas em discurso directo, são completamente falsas. São afirmações que não proferi, porque em nenhuma circunstância me pronunciei sobre esta situação do Benfica a ninguém.»
Aliás, Carlos Queirós referiu mesmo à imprensa presente em Moçambique que não tem «absolutamente nada a declarar» sobre o comando técnico encarnado: «É um tema que faz parte da vida do Benfica, mas que não faz parte da minha. Com a excepção de dizer que, como profissional de futebol, é sempre uma honra e um privilégio que me dignifica, saber que uma grande instituição como o Benfica pode equacionar o meu nome para servir os seus desígnios. Para além disso, não fiz, não faço e não vou fazer quaisquer declarações relativamente à questão Benfica.»
O técnico português admitiu, no entanto, que houve contactos no passado. «Já houve, salvo erro em 1991, um acordo que foi feito com responsáveis do Benfica, mas isso faz parte da história e não tem sentido ou importância», disse, concluindo sobre um possível convite em tempos recentes: «Qualquer coisa que diga pode ser aproveitada em termos especulativos.»