Kaz Patafta é, aos 17 anos, a maior e mais recente esperança do futebol australiano. O apuramento dos «Socceroos», a selecção principal, para o Campeonato do Mundo de 2006, que terá lugar na Alemanha, despertou a atenção do país para o futebol, que começa a ganhar espaço entre desportos como o râguebi e o críquete. Agora, enquanto se alimentam as esperanças de um bom desempenho no Mundial, começa-se a preparar o futuro de uma selecção que sobrevive à custa de jogadores experientes que deverão terminar o seu legado depois da participação na prova.
O provável reforço do Benfica está na primeira linha, tendo em vista o rejuvenescimento da selecção australiana de futebol. Ange Postecoglou, que orientou Kaz Patafta nos sub-17, considera que o médio esquerdino é «um dos mais extraordinário» com que já trabalhou ao longo dos anos e augura-lhe um futuro risonho: «Não tenho dúvidas que irá singrar no futebol profissional. Resta saber qual o nível que irá atingir, e isso depende de vários factores, não só dele. Não interessa qual será o seu futuro clube, porque tem talento de sobra para superar qualquer desafio». «Estar ao lado dos maiores jogadores da Austrália antes do jogo com o Uruguai foi um momento inesquecível para mim e aprendi muito. Sonho seguir o mesmo caminho, na selecção e no futebol europeu», refere Kaz, ao Maisfutebol.
Zek Patafta, o pai, procura serenar os ânimos e evitar o deslumbramento do jovem jogador, mas reconhece que o objectivo dos responsáveis da selecção australiana é lançar o médio ofensivo após o Mundial de 2006. «A selecção principal da Austrália tem uma base demasiado experiente e, após o Mundial, irá ter lugar uma remodelação. Não acredito que seja antes, mas nessa altura o Kaz deverá estrear-se pelos Socceroos», explica, acrescentando que a mudança para o futebol europeu deverá ser crucial para o seu desenvolvimento futebolístico: «Os responsáveis da federação querem acelerar o seu crescimento, mas para isso é preciso que ele experiente outro nível competitivo que a Academia não lhe pode proporcionar».
«O Kaz tem uma qualidade acima da média, mas precisa de melhorar em alguns aspectos, em termos físicos e tácticos, e nesse sentido será importante a mudança para a Europa, provavelmente para Portugal, onde poderá crescer enquanto jogador», conclui o pai do jogador assediado pelo Benfica.