Kaz Patafta, capitão dos sub-17 australianos no Mundial da categoria, é um nome desconhecido para os adeptos portugueses, mas não escapou aos observadores do Benfica que, presentes na competição, entraram rapidamente em contacto com o jogador e chegaram a um acordo para a sua contratação, depois de uma visita deste às instalações do clube, que se prolongou por duas semanas, em Outubro. António Carraça, responsável pelo departamento de formação do Benfica, conduziu o processo e conseguiu seduzir Kaz e o seu pai, que gere a carreira do jogador.
Após a passagem do médio esquerdino por Portugal, chegou a ser dada como garantida a sua contratação, mas o forte assédio de outros clubes europeus chegou a comprometer o «namoro», que ainda assim deverá redundar em casamento. «Apesar de haver vários clubes de Inglaterra (Liverpool), Espanha, França ou Holanda (PSV Eindhoven) interessados no Kaz, ele e eu preferimos o Benfica e Portugal. O campeonato português tem um nível técnico que favorece o seu estilo de jogo, mais do que acontece nesses outros países», explicou o pai de Kaz Patafta ao Maisfutebol, adiando para os próximos dias uma tomada de posição definitiva sobre o futuro do jogador.
Kaz deu nas vistas no Mundial de sub-17 e chegou a ser integrado nos trabalhos da selecção principal da Austrália, antes do «play-off» com o Uruguai, onde captou a atenção do seleccionador Guus Hiddink, igualmente treinador do PSV Eindhoven. O treinador, agradado com as qualidade do típico número 10, tentou convencer o jogador a rumar à Holanda, mas este já havia tomado contacto com a realidade do Benfica e continua a preferir Portugal como próximo destino. «Fiquei entusiasmado quando fui a Portugal, o Benfica é um clube enorme, com excelentes condições, fui muito bem tratado e espero estar aí em breve», explicou Patafta.
O jovem prodígio, que foi formado na Academia Australiana de Futebol, pode reforçar o clube encarnado em Janeiro, cumprindo o período de adaptação nos juniores ou na equipa B. «Posso ir para os juniores ou a equipa B, mas espero mostrar o meu valor e conquistar o meu espaço na equipa principal», atira, esperançado, o médio esquerdino em conversa com o Maisfutebol, que conhece apenas um jogador do clube que deve em breve representar: «Simão, muito bom jogador».
«Durante o Mundial de sub-17, ele foi observado por representantes do Benfica que entraram em contacto connosco e nos convidaram para ir a Lisboa. As condições que nos foram apresentadas são muito boas, a todos os níveis, e apesar das abordagens que tivemos entretanto, a possibilidade mais forte continua a ser Portugal. Quando o Kaz esteve com a selecção principal, o Guus Hiddink falou com ele e surgiu a possibilidade de ir para o PSV Eindhoven, mas o campeonato português tem as características ideais para o seu desenvolvimento. Esperamos estar em breve em Portugal», remata Zek, o pai e responsável pela carreira do jogador.