O presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, Mário Figueiredo, criticou hoje o Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol, referindo que o organismo é «pouco transparente» e que parece ter regressado aos «tempos da monarquia».

«O problema na arbitragem não está na profissionalização, mas na forma como é gerida. Em Portugal, a arbitragem parece viver em monarquia, num tempo feudal em que tudo é secreto, em que ninguém sabe como são feitas as avaliações e que resultados dão. É pouco transparente. As nomeações são feitas às escondidas, sempre em cima dos jogos e muitas vezes são incompreensíveis», afirmou Mário Figueiredo.

O presidente da Liga, que falava aos jornalistas à margem das Jornadas comemorativas dos 10 anos da Desporto&Direito - Revista Jurídica do Desporto, na Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa, referiu que existe na arbitragem uma «centralização do poder em uma ou duas pessoas» e que isso lhe faz «alguma confusão».

«Não houve ganho algum com a passagem da arbitragem da Liga para a FPF. O objetivo era melhorar e isso está longe de ser alcançado. Mas atenção, o problema da arbitragem não está nos próprios árbitros, que mostram coragem e brio na execução da sua profissão, mas sim na forma como são geridos», reforçou.