Voltou a polémica da isenção fiscal dos jogadores de futebol. Depois de em 2004 se ter falado muito sobre o assunto, após o segundo lugar obtido pela Selecção no Euro, agora, logo a seguir ao quarto lugar no Mundial, surgiram novas inquietações.
Em causa um alegado pedido da FPF para a concessão de uma isenção fiscal para os jogadores no que diz respeito aos prémios pagos pela obtenção de uma classificação de excepção no Campeonato do Mundo.
O ministro da Presidência, Pedro Silva Pereira, já recusou essa ideia, em declarações à agência Lusa. «Até ao momento, o Governo não recebeu nenhum pedido. Posso adiantar que considero muito importante preservar a justiça e a equidade no nosso sistema fiscal, sobretudo numa altura que é de grande exigência para todos os portugueses», referiu, não se esquecendo de salientar que «todos reconhecem a importância do sucesso da selecção portuguesa no Campeonato do Mundo de Futebol». Em todo o caso, «ninguém compreenderia, nem seria justificável nestas condições, uma isenção fiscal para jogadores profissionais de futebol».
Em causa está um prémio de 50 mil euros a cada atleta, que deverá ser substancialmente reduzido caso o Fisco actue. Gilberto Madaíl, em declarações à Rádio Renascença, apelou à prudência: «É prematuro falar sobre isso, porque até final do mês temos tempo para resolver o assunto. Em todo o caso, existe um artigo [ndr: nº5 do artigo 13º do Código do IRS] que permite isentar jogadores ou técnicos de pagamento de impostos se tiverem um comportamento que dignifique o país. Não é uma situação de excepção, mas uma situação que está prevista no código de isenções fiscais».