61 por cento de posse de bola, 20 remates, 39 ataques com perigo. O Bayern de Munique jogou fora de casa, perante um imponente Manchester City, mas acabou por vulgarizar o adversário. O resultado final acaba por ser lisonjeiro (1-3).

Um Bayen com Guardiola é de mais. Os milhões do Man. City de nada valem perante a mescla de talento e identidade tática. Muller parecia Messi, um falso 9 num onze compacto, clarividente, avassalador.

Ribery de um lado, Muller ao centro, Robben pela esquerda. Uma sociedade de nações centro-europeias no Etihad Stadium, símbolo de um novo-rico que abraçou os petrodólares. 

RESUMO VÍDEO DO MANCHESTER CITY-BAYERN MUNIQUE


Confira a ficha de jogo

Sétimo minuto de jogo. Franck Ribery recebe a bola pela esquerda, flete ligeiramente para o centro e dispara, ainda fora da área. Joe Hart batido, quarto golo da temporada para o francês.

O Manchester City descia à terra. Antes do 0-1, vira Neuer fazer a primeira defesa da partida, após cabeceamento de Micah Richards. Seria um de três remates dos citizens na etapa inicial do encontro. Aliás, os adeptos tiveram de esperar pelo último quarto-de-hora para esboçar o sorriso mínimo.

O intervalo chegou sem alterações no marcador mas a diferença de qualidade de jogo entre as duas equipas era tão grande que parecia uma questão de tempo. Pouco tempo.

Manuel Pellegrini viu a sua equipa levantar a cabeça, espreitar algo mais, caindo com estrondo num desempenho simples. Excelente passe de Dante, desde a linha de meio-campo, encontrando Thomas Muller fazendo uma diagonal que deixou Clichy sem reação. O alemão domina, passa por Joe Hart e traduz a superioridade visitante.

Resultados e classificações

Uma hora de terror para o Manchester City. Ao minuto 59, Fernandinho perde a bola e o Bayern Munique chega à baliza contrária em quatro/cinco segundos. Kroos intercepta o lance e serve Robben à direita. O holandês sobe com a bola controlada, Nastasic não sabe o que fazer, chega o toque para dentro e a conclusão com o pé mais fraco, já na área.

0-3, a afirmação do Bayern Munique como melhor equipa da Europa nesta altura. A quinze minutos do final, Thomas Muller acerta no ferro, ameaça a goleada, levando a equipa inglesa a perceber que a vergonha tinha de ser atenuada a qualquer custo.

Alvaro Negredo, que entrara para o lugar de Dzeko, recebeu a bola de David Silva, desenhou uma bela rotação sobre Boateng e rematou em arco com o pé esquerdo. Belo golo, impulso para uma reta final condizente com a imagem do clube. Boateng foi expulso ao ceifar Yaya Touré, que se ia isolar, e David Silva atirou à trave na cobrança do livre. A diferença mínima no marcador seria injusta, perante tamanha competência do Bayern Munique.