Gerard Piqué desvaloriza o gesto que valeu a expulsão a Cristiano Ronaldo no At. Bilbao-Real Madrid, assumindo assim que não vê motivos para um castigo pesado para o português.

«É um lance duvidoso, pelo que vi na televisão. Veremos o que decide o Comité de Disciplina. Eu conheço o Cristiano. Põe a mão ali, mas não é nada de outro mundo, não é uma agressão», disse o jogador do Barcelona à «Onda Cero».

Piqué que, numa outra entrevista, ao site «JotDown», assumiu ter gostado de ver Ronaldo conquistar a Bola de Ouro. «O mundo pode ter ficado surpreendido com as suas lágrimas, mas eu não. Gostei de ver. Tem fama de duro, de estar acima do bem e do mal, e foi bom ver aquela reação. Aquilo era importante para ele. Sofreu muito e conseguiu. Gostei», disse o internacional espanhol, lembrando que o português o ajudou muito quando ambos estiveram no Manchester United.

«O Cristiano é uma máquina perfeita, um trabalhador nato que quer sempre melhorar. Pode rematar com o pé direito, o esquerdo, de livre, penálti, cabeça. Seria o jogador perfeito. É o primeiro a ser super exigente consigo. No United já era assim, queria comer o mundo, e o mais surpreendente, aquilo que valorizo mais, é que aos 28 anos, e depois de ver o Messi ganhar quatro Bolas de Ouro, teve a capacidade de resistir. Resistiu mentalmente. Fico feliz que tenha conquistado a Bola de Ouro. Merece pela sua trajetória, mas Messi é um jogador distinto, é um talento inato. Talvez não seja tão obsessivo ou tão trabalhador quanto Ronaldo, mas quando tem a bola é como se os outros parassem, em câmara lenta», acrescentou Piqué, quando questionado sobre a diferença entre os dois melhores jogadores do mundo.

Na entrevista ao site «JotDown» falou-se também de Guardiola. Piqué disse ter sido o técnico mais marcante da carreira, mas assumiu também que a relação entre ambos foi «muito intensa» e com «momentos bons e momentos maus».