A guerra entre Pinto da Costa e Rui Rio regressou mais polémica do que nunca. O autarca tinha reaberto o fogo cruzado no dia anterior, num debate sobre a Invicta, durante o qual acusou o F.C. Porto de não conseguir credibilizar-se devido à política permanente de guerra em relação a Lisboa. Pinto da Costa reagiu em La Toxa, na Galiza - onde se deslocou para apresentar o livro Largos dias têm cem anos, que vai também ser colocada à venda em Espanha -, e fê-lo sem papas na línguas.
«O senhor Rui Rio, número dois do PSD, responderá perante o povo português no dia vinte de Fevereiro, nas eleições legislativas. Como presidente da Câmara do Porto terá que me enfrentar a mim nas próximas eleições autárquicas». Ora esta afirmação lançou a confusão. Poderá Pinto da Costa ser candidato à Autarquia portuense? «Não afasto qualquer hipótese», respondeu. «Não estou a dizer que sou candidato nem que deixo de ser. O que estou a dizer é que Rui Rio terá que me enfrentar enquanto voz activa».
Pinto da Costa recordou ainda o facto da Câmara Municipal do Porto ter fechado as portas dos Paços do Concelho depois do título europeu do F.C. Porto, aproveitando para comparar a atitude com o que foi feito pelas autarquias galegas, que elegeram o presidente portista, e o clube por arrastamento, para o prémio Excelência, um prémio que tem este ano a primeira edição e que abrange uma área geográfica entre a Galiza e o Norte de Portugal. «Pela primeira vez o FC Porto é homenageado depois de se ter tornado campeão europeu. Isto quer dizer que os vizinhos estão mais atentos ao que se passa na nossa casa do que aqueles que vivem connosco», terminou.