Nélson Évora qualificou-se para a final do triplo salto, dos Jogos Olímpicos de Pequim, com a sua melhor marca do ano (17,34 metros), mas o atleta acredita que tem de fazer bem melhor para ganhar uma medalha. O campeão do Mundo de 2007 acredita que «todos» são candidatos a estar no pódio, porque «todos estão bem» e conseguiram a qualificação com facilidade. Por isso, o português prevê que seja necessário bater o seu recorde nacional (17,74) e conseguir ficar «muito perto dos 18 metros».
O recorde nacional do triplo salto valeu a Nélson Évora o título mundial, em Osaka, Japão. O saltador parece estar preparado para fazer ainda melhor em Pequim: «Como estou? Melhor que nunca. Sinto-me muito bem mesmo, muito confiante. Esta é a minha melhor marca do ano, mas foi um ano em que apostei mais nos treinos e a forma como me apresentei aqui e saltei hoje deixa-me muito confiante, feliz e tranquilo para a final.»
O recorde olímpico nesta modalidade é de 18,09 e foi estabelecido pelo norte-americano Kenny Harrisson, em Atlanta 1996. O recorde Mundial pertence ao britânico Jonnathan Edwards, que conseguiu 18,29, há já 13 anos: «Acho que será muito perto dos 18 metros. É isso que eu acredito: será a marca para o primeiro lugar e muito perto disso para os outros lugares também.»
O atleta do Benfica fez um salto nulo e no segundo conseguiu a passagem à final, melhorando em dez centímetros a sua melhor marca deste ano (17,24), conseguida no Mónaco. No entanto, Nélson Évora refere que o seu primeiro salto foi «muito fácil» e «bem maior» que o segundo, acrescentando que nunca tinha saltado «tão longe tão facilmente».
«Infelizmente foi nulo por um centímetro, acontece», disse, acreditando que o azar acabou por ter algo de positivo, porque o segundo salto «foi um bom teste» e permitiu «experimentar a pista, que é extremamente rápida».
Évora foi segundo na qualificação, com menos dez centímetros que o britânico Phillips Idowu. O chinês Li Yanxi e o cubano Arnie David Girat fizeram 17,30 metros.