A última vez que os «estudantes» conseguiram ganhar ao Benfica em Coimbra, Pedro Roma tinha 3 anos. Já lá vão, portanto, 33 anos. Por isso, o titular das redes da Briosa quer fazer esquecer essa tendência com uma proeza na próxima segunda-feira. «Não podemos ficar a olhar para o passado e sim viver o presente. É lógico que queremos matar o borrego. Seria óptimo escrever mais uma bela página da História da Académica.»
De pedra e cal na equipa de Manuel Machado (é o único totalista), o guardião dos «estudantes» sabe que frente aos «encarnados», todos os caminhos irão dar à sua baliza. Está, por isso, à espera de muito trabalho, ciente de que, quando assim é, as hipóteses de cometer erros são mais elevadas. Mas esta é uma lógica que quer contrariar. «Como em todos os jogos, procuro não falhar e é nesse sentido que trabalho diariamente. Quero dar continuidade ao bom Campeonato que tenho feito até agora», sustenta o também capitão dos conimbricenses.
Pedro Roma teve uma passagem fugaz pelo Benfica, na época de 92/93 (não realizou qualquer partida oficial), à qual dá pouca importância. «Foi uma etapa da minha carreira que ficou para trás. Guardei os melhores momentos na memória e não há muito mais a dizer, até porque são muito poucas as pessoas dessa altura que continuam no clube. Este é um jogo especial apenas por ser frente ao Benfica, um clássico, que motiva os jogadores», revela.
Em termos percentuais, Roma atribui 60 por cento de hipótese de vencer aos «encarnados» contra os 40 da Briosa, mas garante que a sua equipa está em condições de fazer pender os pratos da balança para o seu lado: «Pela amostra dos nossos últimos jogos, penso que podemos disputar o jogo na tentativa de conseguir pontos. Queremos ganhar, mas um empate já seria bom. O Benfica tem de assumir o favoritismo, embora eu considere que irá ser um encontro equilibrado.»