Não poderia estar a correr melhor, a «aventura» de Pedro Oliveira, Manuel José, Semedo e Cadu pelas terras da Transilvânia. Os quatro atletas, que se transferiram para os romenos do CFR Cluj no início da presente temporada, participaram activamente nas duas primeiras vitórias no campeonato e já conquistaram os corações dos responsáveis e dos apoiantes do novo clube. Após a goleada de 4-0 ao Urziceni neste domingo, Pedro Oliveira, que até apontou um dos golos, deu conta ao Maisfutebol de que forma tem decorrido a experiência na Europa de leste.
«Desportivamente, estamos em grande. Eu e o Manuel José temos jogado sempre e o Cadu, que só chegou há duas semanas, já jogou hoje dez minutos. O Semedo, que até era o que estava melhor, tem ficado no banco, mas quando entra agita logo o jogo», relatou-nos o médio que esteve no Vitória de Setúbal durante os últimos dois anos.
O CFR Cluj lidera a prova, lado a lado com o Polithecnica Iasi e, apesar de ainda só terem decorridos duas jornadas, Pedro Oliveira confia que é possível um lugar final no top-3. «Estou convencido que temos tudo para chegar a uma posição no pódio», reafirma, enquanto fazia um breve retrato dos dois principais candidatos ao título: Steaua e Rapid, ambos da capital Bucareste.
«O Steaua é uma espécie de Benfica, mas que ganha. Têm muitos adeptos e a caminhada que estão a ter na Liga dos Campeões explica muita coisa. Quanto ao Rapid, estão este ano muito fortes e acabaram de gastar muitos milhões num jogador australiano. Mesmo assim, temos as nossas armas e vamos dar muita luta.»
Uma liga dura e recheada de claques fervorosas
Para Pedro Oliveira, a liga romena tem sido «uma agradável surpresa». Os encontros são «mais duros fisicamente», até porque existem «muitos choques e contacto» entre os jogadores, mas nem isso parece perturbar o centrocampista. «As equipas são muito equilibradas e o campeonato é muito competitivo. O ambiente torna-se muito engraçado durante os jogos, até porque as claques das equipas estão sempre em destaque nas bancadas», relata, antes de avançar o exemplo do grupo de adeptos mais fervoroso do CFR Cluj.
«A nossa claque é fantástica. Não se cansam de cantar o nosso nome, mas aqui, ao contrário do que se passa em Portugal, temos que levantar o nosso braço três vezes para agradecer o apoio. É mesmo obrigatório responder aos incentivos deles», explica entusiasmado, ele que até tem actuado como médio-defensivo, ao lado de Dorinel Munteanu, jogador-treinador do CFR Cluj.
«Já tinha jogado como ponta-de-lança, como extremo e como médio-ofensivo e tenho-me adaptado muito bem a estas novas funções. Ainda por cima o nosso treinador ainda joga e está ao meu lado no relvado. Tem 38 anos, mas um pé esquerdo fantástico», adverte divertido.