Pedro Martins deixou bem claro que o trabalho do Marítimo não terminou com a vitória sobre o Benfica. O técnico quer uma equipa forte nos Barreiros, a mandar no jogo, até porque o Caldeirão é um dos grandes trunfos dos madeirenses para chegar ao objetivo europeu que escapou na última temporada.

«Temos que dar continuidade àquilo que fizemos com o Benfica (...). Queremos fazer um campeonato muito bom em casa, porque, fora dela, tenho a certeza que esta equipa é tradicionalmente forte e conquista muitos pontos. Precisamos de ser mais consistentes em casa para conseguirmos aquilo que pretendemos», analisou treinador verde-rubro antecipando uma equipa mandona diante dos algarvios.

Ultrapassados dois dos maiores obstáculos da Liga, muda-se o paradigma para os leões da Madeira. Os próximos adversários não serão tão dominadores com os dois primeiros classificados da última temporada, mas a exigência e a responsabilidade têm de ser manter intactos.

«Queremos continuar a fazer que o Estádio dos Barreiros ferva e seja emocionante. O Olhanense é uma equipa praticamente nova, já que tem somente quatro ou cinco jogadores da época passada. Esperamos dificuldades, pois acabaram de ganhar ao Paços de Ferreira que se qualificou para a Liga dos Campeões com todo o mérito», analisou o antigo internacional português.

Num primeiro olhar sobre os adversários na luta por um lugar europeu, Pedro Martins guarda-se no direito de não fazer grandes prognósticos. A procissão ainda vai no adro e há sempre equipas que aparecem a baralhar as contas.

«Ainda é um bocado prematuro. No ano passado, o Estoril nem começou muito bem e depois fez uma campanha positiva. O Paços também começou algo tímido. Mas tenho a noção que as equipas que se assumem, como o Estoril, Nacional, V. Guimarães e Rio Ave partiram um bocadinho à frente. Mas há outras, como a Académica, que tem um plantel recheado. E pode haver algum outsider», considerou, apontando os grandes rivais dos insulares na tabela classificativa.