O Marítimo da «era Pedro Martins» venceu pela primeira vez na 3ª eliminatória da Taça de Portugal. E este triunfo foi valorizado pelo facto de ter sido garantido fora de portas, frente a um adversário da I Liga: a Naval. Agora, os dois conjuntos voltam a encontrar-se domingo à tarde, desta vez nos Barreiros. O técnico maritimista relembra a importância da vitória conseguida na taça.

«Atendendo àquilo que se tem passado esta época, era imperioso ganhar à Naval para a Taça, para os níveis de confiança aumentarem e porque a exigência do clube que representamos é grande. Assim, permite que as coisas comecem a correr de forma mais positiva e fluida. Além de que um dos nossos objectivos para esta época é chegar longe na Taça», disse. Quanto ao campeonato, é proibido perder mais pontos: «É importante vencer no próximo jogo. Se ganharmos ultrapassámos o adversário, subimos mais um degrau e é nessa perspectiva que trabalhámos e estudámos o opositor. Sabemos das nossas responsabilidades e vamos jogar para ganhar».

Questionado se espera uma turma da Figueira da Foz prevenida e diferente, Martins respondeu: «Agora não há tanta novidade. São jogos diferentes, é um jogo de Liga e penso que a Naval vem jogar com mais cautelas. Na minha perspectiva, vai jogar em blocos mais recuados e a nossa equipa precisa de ter muita paciência e boa circulação de bola, para além de ser eficaz».

Importante foi a paragem que aconteceu em termos de campeonato. «A paragem foi extremamente benéfica. A equipa está a trabalhar muito bem, da forma como pretendemos. Os níveis de concentração aumentaram exponencialmente e estamos no bom caminho. Agora, são as vitórias que nos permitirão novas etapas e não tenho dúvidas que isso vai acontecer», garantiu.



Kléber trabalhou sem problemas

O Marítimo prosseguiu a sua preparação com vista à recepção da Naval. Em termos clínicos, Pedro Martins não pode contar com três jogadores que continuam lesionados: Ricardo Esteves, André Vilas Boas e Fernando. O avançado Kléber que na véspera tinha sido poupado treinou-se sem limitações, tal como Roberto Sousa e João Guilherme, podendo ser chamados por Pedro Martins para o embate com os figueirenses.

Quanto ao central brasileiro Júlio César, este jogador está «numa fase reintegração e dentro de pouco tempo poderá voltar aos relvados com maior assiduidade», disse o líder dos verde-rubros. E quanto ao onze, o técnico não abriu o jogo se Tchô pode vir a ser titular. «É uma das possibilidades. Todos os que se apresentaram esta manhã no treino (vinte jogadores e mais três guarda-redes) estão em condições de jogar. A minha principal preocupação é ganhar níveis de estabilidade e que o grupo comece a perceber aquilo que pretendemos e a própria fisionomia da equipa que vai encontrar», disse.