No adeus à temporada 2011/12, o Marítimo vai fazer um arraial no parque de estacionamento exterior do Estádio dos Barreiros, tendo também lançado uma jornada de solidariedade para ajudar famílias necessitadas. Por isso, o técnico Pedro Martins quer um «Caldeirão» cheio e promete: «Vamos brindar o nosso público com um bom jogo e com a vitória».

«É um dia que esperamos ser de alegria, pois queremos fazer a festa diante do nosso público, com o estádio cheio. Acho que os atletas merecem isso, por aquilo que fizeram esta época. Além disso, o movimento de solidariedade que lançámos durante a semana vai levar mais gente a ajudar aqueles que necessitam e é importante que o façam. Não vou falar em nomes, nem em quem vai jogar sábado. Mas posso dizer que a equipa que vai jogar é a que foi a mais regular. É essa que está na minha cabeça para amanhã actuar», afirmou o treinador dos verde-rubros no lançamento da derradeira jornada frente ao Paços de Ferreira.

Apesar de o presidente do Governo Regional ter sido convidado por Pedro Martins a este sábado, às 18h30, no Estádio dos Barreiros, o líder governamental já disse que não poderia estar presente, mas que se fará representar. Sobre a ausência de Alberto João Jardim, o técnico foi claro: «O presidente tem a agenda cheia, tenho a certeza que é uma pessoa muito ocupada. Gostaríamos de contar com a sua presença, mas não é possível. Mas também sei que estará um representante do Governo. Gostaria de agradecer o voto de louvor do Governo ao clube, pois este grupo bem o mereceu. Passámos uma mensagem da Madeira muito forte, pois fomos verdadeiramente um símbolo da região».

«Grande união e coesão da família maritimista»

Na sua última conferência da temporada, o líder dos verde-rubros apenas quis falar sobre futebol e enalteceu a prestação da sua equipa. «Penso que o Marítimo foi um verdadeiro exemplo pela sua postura durante a época. Esta é uma época diferente, mediante as circunstâncias que o clube passa e a própria região. Não tirando o mérito àqueles que lideraram noutros anos, particularmente este ano onde houve um abrandamento em reforços; uma redução do orçamento, pois a situação financeira o exigia, mas este grupo de trabalho transcendeu-se. Fez uma campanha meritória e extraordinária. Ganhando ao Paços, ultrapassamos mais uma marca. O próprio número de vitórias é significativo», referiu.

O Marítimo está no quinto lugar, vai à Liga Europa e pode bater o recorde de pontos na liga. «Pelas dificuldades que vivemos, esta classificação tem um sabor especial. Este grupo foi um verdadeiro exemplo, não só no plano futebolístico, provando mesmo perante a sociedade que em momentos de grande dificuldade consegue-se ultrapassá-los com trabalho, dedicação e entrega», disse sem se deter.

E finalizou: «A grande diferença para os últimos tempos foi a grande união e coesão da família maritimista». Quanto à importância do seu trabalho no sucesso obtido, Pedro Martins foi direto: «Dei a minha quota parte para este êxito, mas faço parte de um grupo constituído por muita gente».

Por último, revelou a mensagem que passou para o seu plantel para a última jornada frente ao Paços de Ferreira: «Disse-lhes que se divertissem, pois mereciam este momento. Queremos brindar o público com um bom jogo, com uma festa, mas para sermos rigorosos e sérios. Tenho a certeza que isso vai acontecer. O momento é de festa, mas sem nunca deixarmos de ser iguais a nós próprios».