A Académica volta a entrar em ação na Taça de Portugal este sábado, diante do Tourizense, antiga equipa-satélite dos estudantes, que milita na II Divisão. Com responsabilidades acrescidas esta época, por ser a detentora do título, a Briosa, assumidamente favorita, não quer facilitar.

«Teremos de fazer aquilo que fizemos nas eliminatórias anteriores, em que entrámos com grande determinação e respeito pelo adversário, sabendo que ele vem preferencialmente jogar num bloco mais baixo», começou por analisar Pedro Emanuel.

«Tem é uma diferença em relação aos outros: gosta de futebol apoiado, enquanto os outros jogaram de forma mais direta. Sabemos da qualidade que têm, mesmo se no campeonato estão classificados a meio da tabela.»

«O Tourizense aposta em jogadores jovens, com potencial, que se pretendem valorizar, mas também tem alguns jogadores experientes para dar estrutura à equipa, que demonstra ter a ambição de poder chegar a Coimbra, fazer um bom jogo e provocar uma surpresa», acrescentou, deixando um aviso para sábado:

«Se não impusermos o nosso jogo e tivermos disponibilidade para defrontar um adversário humilde e com ambição, podemos passar por dificuldades. Queremos fazer tudo ao nosso alcance diante de cada adversário. Se formos eliminados, que seja diante de uma equipa que tenha sido superior. Quem quer alimentar um sonho tem de deixar tudo em campo.»

O técnico abriu ainda um parêntesis para falar de uma tendência no campeonato, uma vez que a equipa sofre a esmagadora maioria dos golos na segunda parte. «Temos fraquejado nos últimos minutos. Sobretudo a partir dos 60 minutos. Tem a ver com desgastes, mas os dados estatísticos valem o que valem.»

Da preparação para o jogo, destaque para o regresso aos trabalhos de Cleyton, curado de uma amigdalite, mas Flávio Ferreira continua de fora e deve falhar o encontro.